Boa parte do feijão que vem sendo negociado nos últimos dias não chegará imediatamente ao varejo. Há, no momento, uma antecipação por parte de quem precisará atender aos pedidos nos próximos 15 dias. Os empacotadores já admitem que os níveis que ainda são praticados entre R$ 110,00/R$ 120,00 são um prenúncio importante de valorização.
“Se durante o pico da safra os preços não ficaram abaixo de R$ 100,00, não são R$ 120,00 um limite razoável nestes dias”, afirmou um importante empacotador do Centro-Oeste. Fica claro que não vão achar fora de contexto valorizações constantes. Na verdade, os produtores que vendem também sabem disso. O que leva alguém a vender são os compromissos inadiáveis, ou mesmo por terem em mãos um feijão que não manterá um nível razoável de cor por mais tempo.
Não é preciso ser um visionário para entender a tendência de alta. Parte dos operadores afirma que o consumidor tem surpreendido ao ter aumentado o consumo nos últimos meses, uma vez que, admitem estes, o feijão está extremamente barato e ninguém deixará de consumir. É oportuno lembrar que o feijão, mesmo que suba 20% ou 30%, ainda estará bem abaixo dos valores praticados no mesmo período do ano passado.
Fonte: Ibrafe