Como tem acontecido frequentemente, na última sexta-feira houve maior movimentação com os compradores de feijão carioca para encontrar as mercadorias acima de nota 8,5. Novamente, a maior movimentação aconteceu na Bahia e nos outros estados do Nordeste, pois ainda há um Nordeste que não quer ficar sem aproveitar a possível alta esperada para os feijões nos próximos 60 dias.
Na verdade, a expectativa é de que os preços subam ainda durante o mês de setembro, e tão logo isso aconteça os compradores vão realizar o lucro e voltar para o mercado em busca de recompra. É verdade que há estoques de feijões em Minas Gerais e em Goiás, mas também é verdade que aqueles que colocaram feijão em uma câmara fria perdem totalmente a pressa de vender, principalmente quando existem tantas notícias favoráveis a eles nos últimos dias.
Uma delas está relacionada com a produtividade das lavouras irrigadas do Mato Grosso que ficam abaixo da expectativa, dificilmente ultrapassando 30/35 sacos por hectare. Há também o atraso no plantio da safra do Paraná. Isso abre perspectivas de bons preços até o início do mês de janeiro.
O mercado de feijão-preto segue abastecido e trabalhando muito lentamente. A maioria dos empacotadores que trabalha com mercadoria de melhor qualidade observa que, em mercados onde predomina o consumo deste feijão, como Rio de Janeiro, vem ocorrendo uma concorrência desleal por parte de marcas que empacotam feijão abaixo do padrão, porém, o identificam na embalagem T-1. A comercialização de mercadoria de melhor qualidade acaba ficando preterida, e assim diminui a possibilidade da comercialização de feijão de melhor qualidade.
Fonte: Ibrafe
