Com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), por meio de um estudo de mestrado intitulado “Produção de baby leaf de alface em bandejas com reaproveitamento de substrato”, foi verificada a possibilidade de até três reusos do substrato de fibra de coco no cultivo da alface baby, bem como a eficiência da solarização na eliminação dos patógenos Pythium aphanidermatum e Rhizoctonia solani.
Esse trabalho foi executado por Lívia Aguiar Sumam de Moraes, agora mestre em Agricultura Tropical e Subtropical, na área de Concentração em Tecnologia da Produção Agrícola do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
Em seu estudo, ela explica que o termo substrato é usado para apontar todo material sólido natural, sintético ou residual, mineral ou orgânico, distinto do solo que, se for colocado em recipiente de forma pura ou em mistura, permite dar o suporte à planta para desenvolvimento do sistema radicular, por intermédio de sua fase sólida.
Durante a pesquisa, Lívia verificou que “pela fase líquida, o substrato permite o suprimento de água e nutrientes; e pela fase gasosa, o oxigênio e transporte de dióxido de carbono entre as raízes e o ar externo”.
MATERIAIS
Conforme a pesquisadora do IAC, vários são os materiais usados como substratos de plantas, tais como: turfa, areia, polipropileno expandido, espuma fenólica, argila expandida, perlita, vermiculita, bagaço de cana-de-açúcar, casca de amendoim, casca de arroz, casca de pínus, fibra da casca de coco, entre outros.
“Pelas suas vantagens, a fibra de coco tem conquistado parte significativa do mercado de substratos na Europa, competindo principalmente com a turfa. No Brasil, é largamente utilizada para produção de mudas de hortaliças em geral. Também é interessante seu uso para a produção de baby leaf de diferentes espécies no sistema de produção de bandejas”, destaca Lívia, em publicação da revista A Lavoura – Edição nº 713/2016.
VANTAGENS
A fibra de coco é um substrato de material vegetal natural, renovável e muito leve. Apresenta vantagens como ausência de patógenos, longa durabilidade sem alteração de suas características físicas, possibilidade de esterilização e baixo custo para o produtor se comparado a outros substratos.
“O cultivo em substrato exige investimento econômico e, por isso, sua reutilização é ótima possibilidade de reduzir o custo de produção, uma vez que dispensa nova aquisição. Como demonstrado anteriormente, cerca de 30 a 50% das despesas no sistema produtivo em bandejas são provenientes do custo com substratos”, explica.
Em sua tese de mestrado, ela ainda ressalta que, “além disso, reduz-se o impacto ambiental, uma vez que a reutilização atenua o volume de substrato descartado após o cultivo”, salienta Lívia, em seu estudo de mestrado no IAC.
Para mais informações sobre o estudo “Produção de baby leaf de alface em bandejas com reaproveitamento de substrato”, acesse http://ow.ly/iPEe30f9pbW (link encurtado).
Leia essa reportagem, entre outras, na edição nº 713/2016 da revista A Lavoura em
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