Mandioca: disponibilidade reduzida impulsiona cotações da raiz
As cotações da mandioca estão em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Além da reduzida disponibilidade de lavouras de dois ciclos, o clima seco limitou o avanço da colheita nos últimos dias, levando parte dos agricultores a priorizar atividades relacionadas ao plantio.
Nesse cenário, a oferta permaneceu baixa, impulsionando os preços da raiz. Entre 4 e 8 de setembro, a média semanal a prazo para a tonelada da mandioca posta fecularia foi de R$ 491,72 (R$ 0,8552 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), com alta de 0,35% em relação a média anterior.
Milho: recuo vendedor e urgência de compra valorizam cereal
A necessidade de aquisição imediata por parte de compradores de milho, devido aos baixos estoques, aliada à retração vendedora, impulsionou as cotações do cereal no mercado interno. Com dificuldade de encontrar grandes volumes disponíveis para comercialização, agentes tiveram de elevar o valor de suas ofertas para adquirir lotes.
Do lado vendedor, agricultores esperam por preços mais elevados para negociar o restante da safra, fundamentados, principalmente, na grande redução da área de milho verão. Na sexta-feira (8/9), o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 28,13/saca de 60 kg, com alta de 2,9% frente à sexta-feira anterior.
Soja: maior demanda eleva liquidez e impulsiona preços no Brasil
Após fortes quedas em agosto, as cotações da soja em grão reagiram neste início de setembro, impulsionadas pelo aumento da liquidez no mercado doméstico e pela firme demanda externa. Com o objetivo de fazer caixa para pagamento das dívidas de custeio de milho segunda safra ou mesmo de insumos da safra de verão 2017/18, produtores estiveram mais dispostos a negociar nos últimos dias.
O Indicador da Soja Esalq/BM&FBovespa Paranaguá registrou alta de 1,25% entre 1 e 8 de setembro, para R$ 70,31/saca de 60 kg no dia 8. O Indicador Cepea/Esalq Paraná subiu 0,7% no mesmo comparativo, com média de R$ 64,76/saca na sexta-feira.
Alface: com qualidade semelhante à hidropônica, alface convencional se destaca
As alfaces de cultivo hidropônico são uma alternativa à produção convencional nas lavouras. Em períodos de baixa qualidade das folhosas nas roças, as variedades hidropônicas se tornam boas opções de compra aos consumidores. Isso porque, como ficam protegidas nas estufas, nem sempre a qualidade inferior do cultivo em campo se reflete no hidropônico.
Geralmente, as condições climáticas da temporada de inverno propiciam o bom desenvolvimento dos pés das roças. E, neste ano, não tem sido diferente: o inverno seco está garantindo a boa produtividade dessas folhosas. Como o consumo da hortaliça está baixo, porém, as vendas de ambas as alfaces (hidropônicas e convencionais) estão fracas.
No entanto, segundo atacadistas colaboradores do Hortifruti/Cepea, a boa qualidade das alfaces está fazendo com que muitos consumidores optem pelas folhosas de campo na hora da compra, por conta de seu preço mais baixo em relação às hidropônicas. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br
Citros: com maior procura, pera e tahiti registram altas
Apesar da elevada oferta de laranja pera no mercado in natura de São Paulo, o período de início de mês tem favorecido as vendas, ainda que pontualmente. A expectativa de colaboradores do Cepea é de que a demanda doméstica por laranja aumente em setembro, devido ao clima mais quente.
Entre 4 e 8 de setembro, a laranja pera registrou média de R$ 16,65/caixa de 40,8 kg, na árvore, com alta de 2,5% em relação ao período anterior. Quanto à lima ácida tahiti, o baixo volume da fruta pronta para a colheita tem sustentado os preços em bons patamares no mercado de mesa.
Além disso, o período de início de mês e o clima mais firme elevaram a demanda interna e, consequentemente, as cotações da fruta na roça. De 4 a 8 de setembro, o preço médio da tahiti paulista foi de R$ 43,30/caixa de 27 kg, colhida, com alta de 33% em relação ao da semana anterior.
Fonte: Cepea/Esalq