Brasil deve ter Banco de Reserva de Vacinas contra Febre Aftosa, sugere CNPC

“Acreditamos que a constituição desse Banco (de Antígeno e de Reservas de Vacinas contra Febre Aftosa) é essencial para efetuarmos a retirada da vacinação”, ressalta o presidente interino do CNPC, Sebastião Costa Guedes. Foto: Divulgação

Em razão do enorme rebanho brasileiro, com seus 220 milhões de bovinos, sendo o maior rebanho comercial do mundo, o Brasil deve ter um Banco de Antígenos e de Reservas de Vacinas contra Febre Aftosa. A avaliação é do presidente interino do Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes, feita durante recente reunião para debater o tema, em Brasília.

O encontro contou com a participação de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Centro Pan-americano de Febre Aftosa (Panaftosa) e das delegações públicas e privadas dos países sul-americanos, bem como organizações internacionais.

Guedes, que também preside o Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (Giefa) e Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet), afirmou que o futuro Banco deverá ter a supervisão do Panaftosa, uma vez que se trata de organismo respeitado e com mais de 60 anos de atividade.

“Acreditamos que a constituição desse Banco é essencial para efetuarmos a retirada da vacinação. O Brasil pelo porte de sua pecuária deve liderar a erradicação e a retirada da vacina em nosso continente. Outros países, com certeza e rapidamente, nos acompanharão”, ressaltou o presidente interino do CNPC.

Durante a reunião, o Conselho Nacional da Pecuária de Corte propôs que seja permitida a manipulação de antígenos no nosso continente, mas aqueles não prevalentes não devem ser manipulados na região.

“Nesse caso, devemos importar concentrados inativados ou vacinas prontas de fornecedores internacionais experientes na área, como, por exemplo, a França”, afirmou Guedes.

 

CUSTEIO E FINANCIAMENTO

A forma de custeio e de financiamento do futuro banco ainda precisa ser definida. Guedes recorda que, na pesquisa feita após o simpósio “2020 – o Futuro do Brasil Sem Aftosa” não houve definição quanto à forma de custeio ser privada, pública ou mista. Para o CNPC, o custeio deve ser feito por um fundo privado nacional previsto em lei e também por contribuições de entidades da cadeia produtiva, além de fornecedores de insumos.

“O gerenciamento desse banco deve contar também com membros do setor privado”, comentou Guedes, acrescentando que as regras para aquisição de antígenos e vacinas precisam ser previamente esclarecidas pelo Panaftosa.

No entender do CNPC, a primeira vacina a ser armazenada no futuro banco deve ser contra o vírus “C”. O banco deverá ter reserva de vacinas aquosas hidroxi-saponinadas, devido à rápida indução de imunidade, outra parte poderia ser de oleosa. Outro ponto a ser definido é um plano estratégico de armazenamento e distribuição das doses.

 

Fonte: CNPC com edição da equipe da revista A Lavoura

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