Com tempo seco e avanço de 7% em uma semana, a colheita da segunda safra de milho chegou na quinta-feira (6) a 23% da área no Centro-Sul do Brasil, de acordo com levantamento da AgRural. O número é inferior aos 30% de um ano atrás, quando houve quebra de safra, mas está em linha com os 24% da média de quatro anos.
Com 44% de sua área já colhida, Mato Grosso puxa o ritmo, seguido por Minas Gerais, com 27%, Goiás (20%), Mato Grosso do Sul (8%), Paraná (6%) e São Paulo (1%). No Paraná, o atraso em relação aos 26% do ano passado e aos 19% da média de quatro anos deve-se principalmente a problemas no plantio, que foi prejudicado pelo alongamento do ciclo da soja e por chuvas no início do ano. Os mesmos motivos explicam o atraso na colheita de São Paulo.
Produção de milho
Com um pequeno ajuste positivo na produtividade média de Mato Grosso (104,4 para 104,6 sacas por hectare) e do Paraná (104,1 para 104,6 sacas por hectare) e corte de 2,6 sacas em Minas Gerais (para 74,4 sacas por hectare, devido à falta de chuva e ao ataque de cigarrinha), a AgRural elevou ligeiramente sua estimativa de produção de milho segunda safra.
Calculada em 63.2 milhões de toneladas em junho, a produção do Centro-Sul agora é estimada em 63.3 milhões, com produtividade média de 103 sacas por hectare e área de 10.236 milhões de hectares. Com exceção de Minas Gerais e Goiás, a produtividade é recorde em todos os estados do Centro-Sul.
Combinada aos números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Norte/Nordeste, a estimativa da AgRural para o Centro-Sul deixa a produção brasileira em 67.2 milhões de toneladas, com área de 11.331 milhões de hectares e produtividade de 98,8 sacas por hectare. Em junho, a produção brasileira era projetada em 67.1 milhões de toneladas.
Fonte: SF Agro