O agricultor brasileiro poderá contar a partir de segunda-feira (3 de julho) com os recursos para financiar a próxima safra agrícola. São R$ 190.25 bilhões destinados pelo governo federal para operações de custeio, comercialização e investimento, por meio do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018. A expectativa é que mais uma vez o setor do agronegócio contribua para impulsionar a economia do país, com uma colheita que poderá superar 240 milhões de toneladas de grãos.
“Mesmo num cenário de dificuldade, o governo reduziu os juros de algumas linhas de crédito para permitir que os agricultores tenham safras capazes de garantir a segurança alimentar do brasileiro e excedentes exportáveis para gerar divisas”, disse o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento, Neri Geller, acrescentando que o cenário é bastante otimista para a próxima temporada agrícola.
“Programas como PCA (Programa de Construção e Ampliação de Armazéns), que reduziu os juros a 6,5% ao ano, vão alavancar a retomada dos investimentos em armazenagem. Isso ajudará a amenizar ou resolver o problema de logística e dará condições ao nosso produtor para continuar avançando forte no aumento da produção agrícola no país”, disse Geller.
O secretário acredita que o produtor vai, mais uma vez, mostrar firmeza e disposição para fortalecer a atividade agrícola. “E nós, do governo, estamos fazendo nossa parte para dar sustentação tanto do ponto de vista de crédito quanto da ampliação do recurso e da garantia de preço mínimo.” Segundo ele, o apoio ao setor é fundamental porque o agronegócio representa quase metade das exportações e por cerca de 21% do PIB (Produto Interno Bruto) do País.
Do montante anunciado em 7 de junho último pelo presidente Michel Temer e pelo ministro Blairo Maggi, durante solenidade no Palácio do Planalto, R$ 550 milhões são do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e R$ 1.4 bilhão para apoio à comercialização.
Juros
O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 reduziu em um 1% ao ano as taxas de juros das linhas de custeio e de investimento e, de 2% ao ano, as dos programas voltados para armazenagem e inovação tecnológica na agricultura.
No crédito de custeio, os juros caíram de 8,5% ao ano e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%. Já para os programas de investimento, à exceção do PCA e do Inovagro, a taxa foi fixada em 6,5% ao ano.
Crédito
O volume de crédito para custeio e comercialização é de R$ 150.25 bilhões, sendo R$ 116.25 bilhões com juros controlados e R$ 34 bilhões com juros livres. O montante para investimento saltou de R$ 34.05 bilhões para R$ 38.15 bilhões, com aumento de 12%.
Fonte: Mapa