Os analistas do Rabobank preveem que, com o enfraquecimento da demanda no Hemisfério Norte, a perspectiva é de que o cenário de excesso de oferta global de fertilizantes volte a prevalecer no mercado nos próximos meses. Na avaliação dos técnicos, os preços internacionais, em dólar, devem ser pressionados. “No Brasil, porém, os custos logísticos e a proximidade da safra de verão devem sustentar os preços no mercado interno”.
Segundo os analistas, após as altas expressivas nos portos brasileiros no início do ano, os preços dos fertilizantes (em dólar) se mantiveram estáveis em maio. “A tendência é que, com o fim da demanda sazonal do Hemisfério Norte, esses valores voltem a recuar nos próximos meses”.
De acordo com os técnicos, em função de as importações e entregas de fertilizantes no Brasil se concentrarem no terceiro semestre, “a logística deve influenciar na precificação do mercado doméstico, tanto por eventuais aumentos de custos portuários, quanto por altas nos fretes internos”.
O estudo do Rabobank mostra que, com a recente desvalorização da soja, a relação de troca com os fertilizantes aumentou para o produtor no comparativo com esse mesmo período do ano anterior, ou seja, “ele precisa de mais grãos para comprar a mesma quantidade de adubo”.
No entanto, os analistas ressaltam que, no comparativo com a média dessa década (desde 2010), o produtor ainda pode observar uma relação de troca até 10% inferior, sinalizando que seu poder de compra ainda é favorável.
Fonte: Globo Rural