Depois de ter o um dos piores inícios de ano da história, com o menor volume abatido no 1º quadrimestre dos últimos oito anos, o abate de bovinos mato-grossense se recuperou em maio/17, totalizando 435.540 cabeças. Vale lembrar que esse total abatido é também o maior volume desde janeiro/15, e que, em relação a maio/16, a alta é de 5,25%.
Os motivos para a evolução no total abatido são diversos, dentre eles, estão: o gado que ficou “estocado” em abril/17 e entrou na linha de abate em maio/17, o retorno à operação de diversas plantas frigoríficas (necessidade de compor escala), a campanha de vacinação contra aftosa e o início, ainda tímido, do período de estiagem.
Dito isto, nota-se que houve um acréscimo na oferta de bovinos, o que influenciou na queda dos preços, apesar de não ser o principal motivo. Para os próximos meses a seca deve “apertar” e quem não tem condições de manter o animal no pasto ou de suplementar, enfrentará dificuldades.
Mercado externo
Um mês após os problemas causados pela Operação Carne Fraca, tem-se observado a volta às compras de alguns países importadores da carne bovina in natura mato-grossense. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no período de maio/17 em relação a abril/17 houve um aumento de 35,91% no volume exportado.
Dentre os países que expandiram as compras nesse período, estão China + Hong Kong, com 14,91%, Arábia Saudita, com 112,26%, e os Estados Unidos, com 119,79% e seu maior volume importado na história, totalizando 790 toneladas. Ao se comparar o volume total com o do mesmo período do ano passado, percebe-se uma queda de 12,19%, cerca de 2.410 toneladas.
Com o dólar operando a patamares mais elevados e o trabalho intenso do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para comprovar a eficácia de sua inspeção, o processo de recuperação das exportações tende a continuar.
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Fonte: Imea