O USDA divulgou o seu boletim mensal de oferta e demanda, com estoques finais de soja acima do esperado tanto da safra velha, quanto da safra nova.
Da safra 2016/17, os estoques foram estimados em 12.25 milhões de toneladas, contra a média esperada pelo mercado de 11.76 milhões de toneladas. Já da safra 2017/18, os estoques foram estimados em 13.47 milhões de toneladas, contra a média esperada de 13.55 milhões de toneladas. Em maio, os números foram 11.84 e 13.06 milhões de toneladas, respectivamente.
Contrariando as expectativas de alguns, mas confirmando as de outros, o USDA, mantendo o seu conservadorismo, não alterou os números das vendas para exportação dos EUA e manteve a sua estimativa para a safra velha em 55.79 milhões de toneladas. Para a safra nova, o estimado é que os EUA exporte 58.51 milhões de toneladas.
A produção norte-americana para 2017/18 segue estimada em 115.8 milhões de toneladas, volume que fica na máxima das expectativas do mercado.
Milho
Os estoques finais de milho dos EUA das safras 2016/17 e 2017/18 não sofreram alterações e foram mantidos em 58.3 milhões e 53.6 milhões de toneladas, respectivamente. Nesse caso, os estoques da safra velha ficaram dentro das expectativas do mercado, enquanto os da safra nova superaram o intervalo esperado.
O USDA estimou ainda a produção 2017/18 em 357.27 milhões de toneladas, o mesmo número do relatório anterior, mas acima da média esperada pelo mercado de 356.18 milhões de toneladas, mas dentro de um intervalo de 351.94 milhões e 357.27 milhões de toneladas.
A utilização do cereal para a produção de etanol foi estimada em 138.44 milhões de toneladas para a safra velha e em 139.71 milhões de toneladas para a safra nova, também sem alterações em relação ao boletim do mês passado.
E o mesmo acontece com as exportações norte-americanas, estimadas em 56.52 milhões de toneladas para a safra velha e 47.63 milhões de toneladas para a safra nova.
Safra 2017/18: USDA revisa as estimativas da safra de trigo e estoques mundiais
A produção mundial do trigo na temporada 2017/18 deverá totalizar 739.53 milhões de toneladas. A estimativa ficou acima do numero do relatório de maio, de 737.83 milhões de toneladas.
Os estoques finais globais também foram revisados para cima e passaram de 258.29 milhões para 261.19 milhões de toneladas.
Com relação a safra americana, o USDA aumentou a estimativa da produção de 49.54 milhões para 49.64 milhões de toneladas. Já os estoques finais aumentaram de 24.86 milhões para 25.16 milhões de toneladas. As exportações dos EUA foram mantidas em 27.22 milhões de toneladas.
Para o Brasil, o USDA também manteve os números da produção e das exportações em 5.60 milhões e 1 milhão de toneladas, respectivamente. Por sua vez, os estoques finais de trigo foram estimados em 2.03 milhões, contra 1.93 milhão de toneladas do boletim passado. A perspectiva é que o País importe mais nesta temporada. O volume estimado é de 7 milhões de toneladas. Em maio, a estimativa era de 6.90 milhões de toneladas.
Ainda na América do Sul, a expectativa é que a Argentina colha 17.50 milhões de toneladas de trigo no ciclo 2017/18, número levemente acima do estimado anteriormente, de 17 milhões de toneladas. As exportações também apresentaram ligeira alta, de 11 milhões para 11.50 milhões de toneladas. Os estoques finais permaneceram em 530.000 toneladas.
Na contramão desse cenário, a União Europeia deverá colher uma safra de 150.75 milhões de toneladas. Em maio, o número era de 151 milhões de toneladas. Os estoques finais foram estimados em 10.53 milhões de toneladas, contra as 10.28 milhões de toneladas estimadas no relatório anterior.
Para a Rússia, o USDA estimou a safra de trigo em 69 milhões de toneladas, acima do número de maio de 67 milhões de toneladas. Já os estoques finais ficaram em 11.63 milhões de toneladas, contra as 9.63 milhões de toneladas estimadas anteriormente. As exportações foram mantidas em 29 milhões de toneladas.
As estimativas para a safra, estoques finais e exportações da Ucrânia vieram em linha com as do boletim de maio.
