Em maio, segundo o balanço das vendas externas de café do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), foram exportadas 2.437.823 sacas, enquanto em abril a quantidade registrada foi de 2.216.834 sacas, um aumento de 9,9%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume representa queda de 3,6%. Já a receita cambial foi de US$ 418.9 milhões, com o preço médio da saca em US$ 171,84 – aumento de 13% e 17,2%, respectivamente na comparação com maio de 2016.
Os cafés verdes alcançaram, em maio, um total de 2.209.116 sacas – 2.189.557 sacas de arábica e 19.559 sacas de robusta. O total do café industrializado ficou em 228.707 sacas, uma queda de 23,8% em relação ao mesmo mês em 2016, sendo 227.899 sacas de café solúvel e 808 sacas de café torrado e moído.
“Essa foi uma surpresa positiva neste período de entressafra e mais um indício de que devemos fechar tanto o ano cafeeiro quando o ano civil com um bom desempenho, ainda abaixo dos recordes registrados anteriormente, mas podemos considerá-lo positivo dentro de um cenário desafiador, com a oferta comprometida devido a fatores climáticos”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé. “Com o início da próxima safra, em julho, poderemos vislumbrar melhor a performance, mas tudo indica que teremos um incremento nas exportações”.
No acumulado do ano safra 2016/17, as exportações brasileiras de café registraram queda de 7,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cambial entre julho-2016/maio-2017, no entanto, registrou aumento de 5,2% com volume acima de US$ 5.2 bilhões, e preço médio da saca a US$ 171,89.
Os primeiros cinco meses de 2017 acompanharam o movimento de baixa, com o total de exportações declinando 8,2% na comparação com o mesmo período de 2016. A receita cambial no período foi positiva, com aumento de 9,3%, totalizando US$ 2.2 bilhões, com o preço médio da saca a US$ 174,85.
Principais destinos
No total, entre janeiro e maio de 2017, os Estados Unidos seguem na liderança como o país que mais recebeu café exportado do Brasil, representando 19,2% dos embarques no período (2.437.868 sacas). A Alemanha aparece em seguida, com 18% (2.286.656 sacas).
Itália, Japão e Bélgica também têm destaque no ranking, com 10,1% (1.278.909 sacas); 6,9% (881.238 sacas) e 6,2% (785.413 sacas), respectivamente.
Portos
No acumulado do ano, o Porto de Santos segue como principal via de escoamento da safra para outros países, com 87,4% de participação, sendo 11.102.916 sacas embarcadas. Os portos do Rio de Janeiro seguem em segundo lugar, com 9,2% de participação nos cinco primeiros meses do ano. (1.164.833 sacas).
Fonte: Cecafé