Algodão: qualidade reduzida e a aproximação da nova safra limitam negócios
A liquidez está baixa no mercado de algodão em pluma, refletindo a menor disponibilidade no spot e a qualidade inferior da temporada 2015/16 neste início de junho.
Com grande parte da pluma direcionada aos contratos antecipados, colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) relatam que os lotes remanescentes estão concentrados com poucos vendedores, que, por sua vez, seguem na expectativa de preços mais elevados.
Do lado comprador, indústrias estão cautelosas em aumentar os valores, especialmente para os lotes de qualidade inferior e mista. Desta maneira, estão adquirindo apenas pequenos volumes para repor seus estoques, no aguardo da chegada da nova safra.
Café: indicador do robusta sobe mais de R$ 7,00 por saca em uma semana
Os preços do café robusta estão em alta no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar de a colheita já estar em andamento, o ritmo das atividades e da maturação dos grãos está lento, devido às chuvas e às temperaturas mais amenas. Além disso, a demanda por parte de indústrias torrefadoras está aquecida, impulsionando as cotações da variedade.
Em uma semana (de 30 de maio a 6 de junho), o Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, subiu mais de R$ 7,00 por saca de 60 quilos (1,73%), passando para R$ 428,64/saca na terça-feira (6). No acumulado de maio (de 28 de abril a 31 de maio), a elevação foi de fortes 8,75%.
Arroz: chuvas e retração vendedora reduzem liquidez no Rio Grande do Sul
O ritmo de comercialização do arroz em casca está lento no Rio Grande do Sul. Conforme pesquisadores do Cepea, chuvas têm dificultado o acesso às propriedades rurais, prejudicando o carregamento dos lotes em negociação, bem como dos adquiridos nos dias anteriores.
Além disso, produtores já capitalizados com a venda de soja estão retraídos, à espera de preços melhores nas próximas semanas. Do lado comprador, indústrias ativas deram preferência ao arroz depositado em seus armazéns, em detrimento do arroz “livre” (depositado nas propriedades rurais).
Tomate: preços caem pela terceira semana consecutiva
As cotações do tomate salada longa vida tiveram novas quedas em alguns dos principais atacados do país, refletindo o ritmo mais intenso da colheita neste período e o aumento das temperaturas na última semana, que acelerou a maturação dos frutos.
Além disso, conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, ainda há muitos tomates de qualidade inferior (com manchas) sendo ofertados.
Entre 29 de maio e 2 de junho, o tomate 3A teve média de R$ 31,59 por caixa de 20 quilos no Rio de Janeiro, de R$ 30,31/caixa em Campinas (SP) e de R$ 29,82/caixa em São Paulo (Ceagesp), com respectivas quedas de 14,4%, 6,4% e 1,2%.
Mamão: preço do Havaí pode se elevar nesta semana
O mamão Havaí pode se valorizar ainda mais nas regiões produtoras nesta semana (5 a 9 de junho), segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. O volume da variedade continua reduzindo no Espírito Santo e no Sul da Bahia, devido ao clima mais ameno, o que tem impulsionado as cotações.
Além disso, melhor comercialização pôde ser observada neste início de mês, período em que os consumidores estão com melhores orçamentos. Conforme os produtores, os preços podem ultrapassar R$ 1,00/kg. Para o Formosa, também é prevista valorização, porém em menor intensidade que a do Havaí. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Fonte: Cepea/Esalq