As pequenas altas registradas na Bolsa de Chicago no início da sessão foram breves e os contratos futuros da soja voltaram a cair. Os principais vencimentos, por volta de 13h40 (Horário de Brasília), estavam em baixa de 1,50 a 4 centavos, com as quedas mais expressivas sendo registradas nas posições mais próximas.
O contrato julho/17, que ainda é o mais negociado, estava cotado a US$ 9,12/bushel, enquanto o novembro/17, referência da nova safra dos Estados Unidos, valia US$ 9,16 ¾.
O mercado segue andando de lado e espera, segundo analistas e consultores, por novas informações que possam influenciar as cotações em Chicago.
Os preços continuam lutando contra fundamentos que seguem baixistas como a possibilidade de um aumento de área nos EUA, com a migração do milho, uma grande safra no Brasil e Argentina, bons estoques globais e uma lentidão especulada dos embarques de soja pela China.
“Indicadores técnicos sugerem que o mercado está sobrevendido e isso poderia, com preços mais baixos, trazer os compradores de volta e promover uma retomada das cotações”, disse Paul Georgy, da consultoria Allendale. Ontem, os fundos teriam comprado cerca de 5.000 contratos de soja.
As condições climáticas no Meio-Oeste americano parecem indicar um cenário mais favorável para os próximos dias, com temperaturas um pouco mais elevadas e chuvas ocorrendo de forma mais limitada, o que também acaba pesando sobre os preços, com o mercado retirando parte dos prêmios climáticos.
“Os dois principais modelos meteorológicos (americano e europeu) divergem quanto às previsões para os próximos 8 a 10 dias, o que diminui o grau de assertividade e confiança dos mapas. O modelo americano mostra condições mais úmidas e o europeu prevê tempo predominantemente seco”, disse o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa. “No geral, o clima segue favorável às safras, o que é negativo para preços”.
No Brasil
Enquanto isso, no Brasil, após abrir em baixa, o dólar estava em alta de 0,29%, por volta das 13h50, cotado a R$ 3,2459 para venda.
“Há forte resistência (ao dólar) ao redor de R$ 3,20. Com os preços baixos das commodities, indefinição política, o dólar perto desse patamar é barato”, disse o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior a Reuters. “Temos recomendado compra nesse patamar”.
Com isso, os preços nos portos brasileiros também não apresentam expressivas variações. Em Rio Grande, as cotações eram ainda as mesmas do fechamento do dia anterior, com a saca no mercado disponível cotada a R$ 67,00 e a R$ 71,00 no mercado futuro (safra nova).