O Brasil deverá ser reconhecido como país livre da pleuropneumonia contagiosa bovina (CBPP na sigla em inglês), na reunião da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que será realizada na próxima semana, entre os dias 21 e 26, em Paris. Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e delegado do país na OIE, Guilherme Marques, “não existem casos da doença no Brasil”.
A pleuropneumonia contagiosa bovina é uma doença de bovinos e búfalos causada por bactéria. Ataca os pulmões e a membrana (pleura) que reveste o tórax. Por ser altamente contagiosa, com taxa de mortalidade de até 50%, causa altas perdas econômicas. Para reduzir a infecção, existe vacinação com um tipo atenuado da bactéria. Não existem casos de contágio em seres humanos, por isso não há risco à saúde pública.
Para a assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária em Goiás (Faeg), graças as várias ações desenvolvidas em conjunto (produtores rurais, governo e demais elos da cadeia), no que tange às medidas sanitárias, o Brasil avança e consegue resultados positivos, com a oferta de alimentos que atendem os requisitos básicos exigidos para todos os níveis de consumidor.
DISCUSSÃO
Na reunião da OIE também será debatida estratégia para enfrentar a resistência antimicrobiana (a antibióticos), em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Também serão discutidas mudanças no Código de Animais Terrestres e Aquáticos e manuais de normas biológicas que regulam o comércio internacional de carnes. Está prevista a realização de 17 reuniões entre as autoridades sanitárias da OIE.
O secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), José Luis Vargas, também participarão da reunião para informar aos países integrantes da organização sobre medidas de segurança e de controle sanitário adotadas pelo Mapa em frigoríficos.
Fonte: Mapa com informações da Faeg