A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou hoje a sua nova estimativa para a produção de soja em 2017. De acordo com a entidade, o Brasil deverá produzir 112.50 milhões de toneladas, um aumento de 1,6% em relação à última previsão feita há cerca de um mês. Também houve uma elevação de 2,3% nas vendas externas de soja, agora previstas em 61.70 milhões de toneladas. O processamento mantém-se estável na comparação com o dado divulgado em março: 41 milhões de toneladas. A previsão para o estoque final foi elevada em 4,7%, passando agora para 11.19 milhões de toneladas.
Farelo
A Abiove continua a estimar uma produção de farelo proteico de 31.10 milhões de toneladas, bem como mantém inalterado o consumo interno de 15.80 milhões de toneladas, em relação à previsão feita em 19 de março passado. Um leve aumento de 0,6% é a alteração para a exportação de farelo, estimada em 15.50 milhões de toneladas. A associação das indústrias de óleos vegetais prevê uma redução de 8,8% no estoque final de farelo, de 1.13 milhão para 1.03 milhão de toneladas.
Óleo
A Abiove não alterou a previsão para a produção de óleo, estimada em 8.10 milhões de toneladas e elevou em apenas 0,7%, para 6.90 milhões de toneladas o consumo interno.
Divisas
Para 2017, a Abiove prevê exportações de US$ 23.44 bilhões de soja em grão, US$ 5.11 bilhões de farelo e US$ 975 milhões de óleo. No total, a estimativa para o complexo soja é de embarques de US$ 29.53 bilhões.
As últimas estatísticas do complexo soja encontram-se no site www.abiove.org.br
Safra recorde e produtividade
A supersafra de soja em 2017 reflete não apenas as boas condições climáticas, diferentes das do ano passado, quando se registraram perdas significativas, mas, sobretudo o aumento da produtividade. O Brasil é o segundo país no ranking da produtividade, com uma média de 54,7 sacas por hectare, atrás apenas dos EUA, com 58,3 sacas/ha, de acordo com dados do USDA.
O Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), que em junho anunciará os campeões do Desafio da Produtividade Máxima 2016/2017, considera que as inovações tecnológicas de genética, o manejo e a conscientização para o uso adequado das ferramentas disponíveis já demonstraram que, no Brasil, a eficiência na produção por unidade de área é maior que o aumento extensivo, o que impacta diretamente a redução da área plantada e leva à consequente diminuição em abertura de novas fronteiras agrícolas.
Fonte: Abiove