Pode não ter sido muito, mas sem dúvida a atabalhoada divulgação da operação realizada pela Polícia Federal afetou os preços externos das carnes exportadas pelo Brasil no mês de março. E isso pode ser comprovado pelos dados da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Comparativamente aos valores médios registrados em 2016, o Brasil entrou em 2017 (janeiro) registrando aumento de preço para as três carnes. De 7,09% para a carne suína, de 6,72% para a carne de frango e de meio por cento para a carne bovina.
Em fevereiro as altas prosseguiram. O preço da carne de frango aumentou quase 3% em relação a janeiro; o da carne bovina, 1,66%; e o da carne suína, 1,53%.
Mas em março o retrocesso foi geral. Mesmo permanecendo com valores superiores aos de janeiro, em comparação a fevereiro o preço da carne de frango caiu perto de 0,50%, o da carne bovina 0,18% e o da carne suína 0,43%.
Note-se pela tabela abaixo, montada para simples comparação, que os preços das três carnes exportadas pelos EUA continuaram em evolução em março, pois o mercado internacional é francamente comprador. Mas essa benesse foi negada às exportações brasileiras.
Registre-se, de toda forma, em relação especificamente à carne de frango, que enquanto os EUA fecharam março com um preço quase 4% inferior à média registrada em 2016, o Brasil encerrou o trimestre com ganho de mais de 9% sobre a média do ano passado.
Uma ressalva, apenas: os números relativos a março são preliminares, estando, portanto, sujeitos a pequenas alterações. Mas dificilmente o resultado negativo para o Brasil será revertido.
Fonte: AviSite