O Brasil já conseguiu reabrir a maioria dos mercados que havia imposto restrições às carnes brasileiras, disse o ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no encerramento da 33ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), em Buenos Aires, Argentina.
As medidas restritivas se deviam à repercussão internacional da Operação Carne Fraca, deflagrada no dia 17 de março pela Polícia Federal, em investigação de frigoríficos. Maggi se reuniu com ministros da Agricultura da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.
“Ainda há alguns mercados fechados no Caribe, mas, ontem, a Jamaica também reabriu e, em seguida, Barbados fez o mesmo”, comentou o ministro. “Assim, sucessivamente, vão sendo retiradas as últimas restrições”, acrescentou ele, ressaltando que a investigação é sobre condutas de pessoas e não sobre a qualidade das carnes brasileiras.
Maggi reafirmou que houve equívoco na forma de divulgação da Operação Carne Fraca e reforçou o envio, por parte do Ministério, os esclarecimentos solicitados pelos mercados internacionais, sempre com muita transparência. “O Brasil deu as devidas explicações não só aqui no CAS, mas no mundo inteiro.”
Destacou ainda que o Brasil compreende a preocupação no mercado internacional: “Todos os países importadores têm o direito de ser mais seletivos e investigativos, para ter mais certeza sobre o que estão recebendo. Não reclamamos disso, porque cada país deve manter a sua legislação e a sua segurança”.
CARBONO ZERO
O ministro aproveitou o final da reunião para informar que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deverá apresentar, até o fim do ano, pesquisa com a produção de carne com emissão zero de carbono.
“Todo o processo [de criação de bovinos] vem sendo desenvolvido com mitigações, com a melhoria de pastagens e tudo mais. Até o fim do ano, a Embrapa vai apresentar o balanço desse trabalho ao Brasil e ao mundo.”
IMPORTAÇÃO DE ARROZ
Outro anúncio feito por Maggi foi o de que o México liberou as importações de arroz do Brasil: “Ontem mesmo (terça-feira, quatro de março), o México liberou a importação de arroz brasileiro, que estava fechada há muito tempo. Abriu-se a oportunidade de negociação de cerca de 900 toneladas do nosso arroz para aquele mercado”.
Fonte: Ministério da Agricultura