Um bom exemplo do fortalecimento e expansão da agricultura orgânica vem da Fazenda São José, em Jaboticabal (SP). Há 15 anos o agricultor Paulo Eduardo Garcia começou a investir no cultivo orgânico da cana-de-açúcar. Ele viu o mercado crescer, se consolidar e se tornar ainda mais vantajoso do que o mercado de produtos convencionais. Atualmente, Garcia cultiva uma área de cerca de 300 hectares, entre cana-de-açúcar e soja.
O plantio da soja orgânica foi uma opção do agricultor para a rotação de cultura, que no caso da cana-de-açúcar, pode acontecer a cada seis, até dez anos. “Minha principal atividade no cultivo orgânico sempre foi a cana-de-açúcar, mas comecei a perceber um mercado também muito atraente para a soja, o que me fez ampliar as áreas e apostar ainda mais em tecnologia”, disse o agricultor.
Garcia revela que uma das maiores dificuldades de trabalhar com a produção orgânica foi a falta de insumos certificados. “Como sempre prezamos pela autenticidade do nosso cultivo, sem nenhum tipo de agrotóxico, sentimos uma dificuldade no começo. Hoje já temos acesso a bons produtos, como os da Nutriceler, que são certificados, eficientes e nos dão uma segurança muito grande na hora de definir o manejo”, disse.
Com planos de aumentar a produção de soja orgânica, Garcia já está adotando fertilizantes de alta tecnologia em seu manejo. “Quando entrei para o cultivo orgânico, trabalhávamos com caldas feitas na propriedade, tudo muito artesanal. Hoje a realidade é outra. Já podemos até comparar a produção de soja orgânica com a convencional. A produtividade superou nossas expectativas”, disse. Com o auxílio da tecnologia Nutriceler, a área tratada apresentou uma produtividade média de 68 sacas por hectare, contra 53,4 da área sem esta tecnologia, um aumemento de 27% na produtividade.
Garcia revela que o valor de mercado da soja orgânica chega a até 40% a mais do que a convencional. A soja produzida na Fazenda São José vai para mercados norte-americanos, europeus e para o Japão. Para conseguir um produto de qualidade excelente, que pode ser comercializado sem processamentos para uso na culinária, o produtor destaca que os grãos precisam apresentar bom tamanho e boa aparência, que são obtidos por meio de uma estratégia nutricional diferenciada.
O engenheiro agrônomo Paulo Lucio Martins, especialista em agricultura orgânica, conduziu o manejo nutricional nas áreas de soja orgânica da família Garcia. Segundo Paulo, plantar soja após a cana-de-açúcar é uma boa estratégia quando o objetivo é reforçar a parte nutricional. “A soja é beneficiada pelo residual de palha que fica após a retirada da cana-de-açúcar. Existe um acúmulo de matéria orgânica que ajuda a deixa o solo muito rico”, disse.
O agrônomo explica ainda que os bons resultados obtidos com a soja na Fazenda São José foram resultados da adoção de fertilizantes especiais de alto desempenho certificados para agricultura orgânica. “Começamos um trabalho nutricional no início do florescimento com o Koringa Orgânico, fertilizante composto por boro, zinco e extrato de algas. Ele foi muito importante para proporcionar um melhor engalhamento e florescimento das plantas”, afirma Paulo Martins. O manejo também contou com a aplicação de um mix de nutrientes, composto por cálcio, magnésio, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco, que ajudaram as plantas a atingirem um melhor equilíbrio nutricional, contribuindo assim, com o ganho de produtividade.
Fonte: Agrolink
