INTL FCStone eleva a sua estimativa da produção de soja em quase 5 milhões de toneladas

A INTL FCStone divulgou um aumento de quase 5 milhões de toneladas na sua estimativa de produção de soja no ciclo 2016/17, em sua revisão de março, superando as 109 milhões de toneladas. O número divulgado em fevereiro-2017 foi de 104.1 milhões de toneladas. Esse ajuste decorreu de uma reavaliação das produtividades em vários estados. Destaca-se que o Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás devem registrar rendimentos recordes.

“O clima foi próximo à perfeição em grande parte da área plantada. Mesmo nas áreas que tiveram menor nível de precipitações acumulada, as chuvas tiveram boa distribuição e asseguraram a umidade para o desenvolvimento”, disse a analista da consultoria, Ana Luiza Lodi. Apenas algumas áreas no Mato Grosso do Sul e noroeste do Paraná apresentaram reduções de produtividade por falta de chuvas. Com isso, a estimativa é de uma produtividade média recorde para o País de 3,25 toneladas por hectare.

Com essa produção de 109.08 milhões de toneladas, os estoques finais brasileiros ficariam bastante confortáveis, em 7.45 milhões de toneladas, principalmente quando comparados aos dos anos anteriores de balanço mais justo. Lembrando que em 2015/16 os estoques finais fecharam em 1.48 milhões de toneladas, segundo a Conab. Esse resultado (da safra atual) ocorre a despeito da elevação da estimativa de exportações da safra 2016/17 para 59 milhões de toneladas, contra 51.58 milhões de toneladas em 2015/16, de acordo com a Conab.

Milho

Para a safra 2016/17 de milho a INTL FCStone também trouxe um aumento do número de produção na revisão de março, que ficou em 93.3 milhões de toneladas. Esse aumento decorreu da revisão da estimativa da primeira safra, que ficou em 32 milhões de toneladas (contra 29.9 milhões de toneladas na estimativa anterior). “Os resultados do cultivo de verão têm sido muito positivos, em linha ao que se observa para a soja. Essa produção mais elevada decorre de ajustes de produtividade em estados do Sul do país, com destaque para o Paraná, ressaltando que a região concentra quase a metade da produção na primeira safra”, disse a analista Ana Luiza Lodi, em relatório.

Já a produção da safrinha sofreu uma leve redução, que passou de 61.6 para 61.3 milhões de toneladas. Esse ajuste decorreu de um corte na produtividade esperada para o Paraná, que enfrentou alguns atrasos no início do plantio, devido ao excesso de chuvas.

Após a escassez de milho observada em 2016, a produção do ciclo 2016/17 deve levar a um balanço com estoques bastante elevados, em 18.55 milhões de toneladas (contra 7.75 milhões de toneladas na safra 2015/16, segundo a Conab). “Por enquanto a estimativa de exportações da INTL FCStone foi mantida em 28 milhões de toneladas, mas, caso essa produção acima de 90 milhões de toneladas seja alcançada, os preços domésticos tendem a cair para a paridade exportação, estimulando o consumo doméstico. Ainda quanto às exportações, é preciso acompanhar a evolução cambial, que não tem sido favorável à competitividade do cereal brasileiro”, disse Ana Luiza.

 

Fonte: INTL FCStone

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp