Milho: preço cai em muitas regiões, mas sobe em Campinas (SP)
As cotações do milho seguem em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), especialmente onde há maior disponibilidade do cereal, por conta do avanço da colheita. Já em algumas praças, principalmente as demandantes como as paulistas, os valores apresentaram certa sustentação, refletindo a oferta ainda restrita e a entrada pontual de compradores.
Além disso, a colheita da safra de verão mais tardia, o menor excedente doméstico no primeiro semestre e a disponibilidade restrita de caminhões para viagens interestaduais também reduzem a pressão do comprador paulista. Entre 24 de fevereiro e 3 de março, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (região de referência Campinas – SP) subiu ligeiro 0,4%, fechando a R$ 36,25/saca de 60 kg na sexta-feira (3).
Soja: queda do dólar eleva preço neste início de março
Os preços da soja em grão iniciam o mês de março em alta. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso tem vindo das elevações nos valores externos do grão que, por sua vez, sobem devido à queda do dólar, que torna os produtos norte-americanos mais atrativos aos estrangeiros.
Nesse cenário, o Indicador da soja Cepea/Esalq – Paraná subiu 1,6% entre 24 de fevereiro e 3 de março, fechando a R$ 67,30/saca de 60 kg na sexta (3). O Indicador da soja Paranaguá Esalq/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), fechou a R$ 72,64/saca de 60 kg, com aumento de 1% no mesmo período.
Em fevereiro, especificamente, a entrada da safra brasileira, a demanda doméstica enfraquecida e a melhora nas condições climáticas na Argentina pressionaram os valores da soja e derivados no mercado brasileiro. A elevação do frete durante o mês também pressionou os valores que, em várias regiões acompanhadas pelo Cepea, voltaram aos menores patamares desde 2012, em termos reais. Por outro lado, a firme demanda externa limitou a queda nos preços domésticos.
Mandioca: com menor disponibilidade, preços voltam a subir
As cotações da mandioca voltaram a subir na última semana, impulsionadas pela baixa oferta de raízes. Segundo agentes consultados pelo Cepea, o número de lavouras de mandioca a serem colhidas tem diminuído gradativamente.
Além disso, na última semana, faltou mão de obra para a colheita em algumas áreas, enquanto em outras houve dificuldade no avanço da atividade, por conta do clima seco. Nesse cenário, entre 27 de fevereiro e 3 de março, a média a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 531,12 (R$ 0,9237 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), com alta de 0,85%.
Citros: oferta da safra 2016/17 é baixa; precoce da temporada 2017/18 entra no mercado
A oferta de laranja da safra corrente (2016/17) segue escassa em São Paulo, principalmente das frutas com melhor qualidade. Produtores consultados pelo Cepea têm, inclusive, relatado encerramento da colheita de pera e tardias. Por outro lado, o início da produção de precoces da temporada 2017/18 tem equilibrado as cotações da laranja. Na média da última semana, a pera foi comercializada a R$ 43,33/caixa de 40,8 kg, na árvore, com baixa de 1,2% em relação à semana anterior. Para a lima ácida tahiti, depois do pico de safra, as cotações estão em alta.
Conforme colaboradores do Cepea, grande volume da variedade foi enviado às processadoras em fevereiro. Desta forma, a previsão é de que as frutas restantes nos pés, ainda abaixo da qualidade para comercialização no mercado in natura, sejam colhidas apenas a partir do fim de março – período em que pode ocorrer uma nova “safrinha”, proveniente de segunda florada. Atrelado a isso, a demanda aquecida durante o recesso de carnaval também impulsionou os preços da tahiti. Na semana, a média da fruta foi de R$ 15,61/caixa de 27 kg, colhida, com expressiva alta de 35,7% em relação à semana anterior.
Fonte: Cepea/Esalq