Após atingir seu pico de preços em maio de 2016, nos últimos nove meses o milho vem apresentando preços declinantes. Encerrou a primeira quinzena de fevereiro negociado, em média, por R$ 37,27/saca, valor 16% menor que o registrado há um ano e 30% inferior ao alcançado no pico de maio do ano passado. Mas, para o frango, isso não significa que o poder de compra anterior tenha sido recuperado. Aliás, voltou a cair nos dois primeiros meses de 2017 e, no momento, retorna praticamente ao mesmo patamar alcançado em agosto do ano passado.
É verdade que as condições atuais são bem melhores que as observadas durante grande parte de 2016 ou, mesmo, na média do ano passado. Pois, pela relação de preços observada nos primeiros 15 dias de fevereiro, uma tonelada de frango vivo, por exemplo, permitiu adquirir 4,161 toneladas de milho – volume cerca de 9% maior que na média de 2016 (3,822 toneladas) e quase 50% superior ao adquirível no pior momento da crise do último ano (2.785 toneladas em maio/16).
Mesmo assim o poder de compra do frango vivo permanece aquém da média observada nos 16 anos de safras decorridos entre 2001 e 2015 – período que, pelo espaço de tempo abrangido, pode ser considerado média histórica. Assim, o volume adquirível atual (por exemplo, 4,161 toneladas) permanece mais de 8% abaixo da média histórica (4,542 toneladas). Parece pouco, mas ainda é um índice significativo.
Fonte: AviSite