A avicultura de corte brasileira atravessou um momento bastante delicado ao longo do mês de janeiro, diante da queda agressiva dos preços, determinada pelo elevado alojamento de pintos de corte no último bimestre de 2016. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado registrou um quadro de excedente de oferta ao longo do primeiro mês do ano, que tradicionalmente é marcado como um período de demanda enfraquecida. Para fevereiro a expectativa é de que não haja grandes alterações nesse quadro, considerando o consumo retraído.
Iglesias afirma que os preços dos cortes de frango registraram fortes alterações ao longo do mês passado em São Paulo, tanto no atacado quanto na distribuição. Para os produtos congelados, o quilo do peito na distribuição recuou de R$ 5 para R$ 4,60; o quilo da coxa de R$ 4,15 para R$ 3,45 e o quilo da asa de R$ 8,40 para R$ 7. No atacado, o quilo do peito baixou de R$ 4,70 para R$ 4,45; o quilo da coxa caiu de R$ 4 para R$ 3,35 e o quilo da asa retrocedeu de R$ 8,10 para R$ 6,55.
Nos cortes resfriados, Iglesias afirma que o preço ao longo do mês de janeiro também sofreu modificações. O valor do quilo peito na distribuição caiu de R$ 5,10 para R$ 4,70; o quilo da coxa de R$ 4,25 para R$ 3,60 e o da asa de R$ 8,50 para R$ 7,10. No atacado, o preço do quilo do peito baixou de R$ 4,95 para R$ 4,50; o quilo da coxa de R$ 4 para R$ 3,45 e o do quilo da asa de R$ 8,10 para R$ 6,85.
Nas exportações, o analista comenta que o resultado de janeiro indicou um melhor desempenho na comparação com o primeiro mês de ano passado, embora sem conseguir diminuir o quadro de pressão existente neste momento nas cotações.
Conforme levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os embarques de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 363.600 toneladas em janeiro, volume que supera em 14,8% o total registrado no mesmo período de 2016, de 316.800 toneladas. Em receita cambial, o resultado foi ainda melhor, com US$ 604.9 milhões – quantia que supera em 34,1% o desempenho alcançado em janeiro do ano passado, com US$ 451.1 milhões.
O levantamento realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que em Minas Gerais a cotação do quilo vivo caiu de R$ 3,30, no final de dezembro, para R$ 2,70, no encerramento de janeiro. Em São Paulo o quilo vivo baixou de R$ 3 para R$ 2,50 na mesma comparação.
Na integração catarinense, a cotação do frango caiu de R$ 2,90 para R$ 2,40. No oeste do Paraná o preço foi cotado a R$ 2,35, frente aos R$ 2,90 do final de dezembro do ano passado. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 2,95 para R$ 2,40. No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango retrocedeu de R$ 3,20 para R$ 2,60.
Em Goiás o quilo vivo foi cotado a R$ 2,60 no final de janeiro, ante os R$ 3,25 no final de dezembro. No Distrito Federal o quilo vivo recuou de R$ 3,30 para R$ 2,70. Em Pernambuco, o quilo vivo baixou de R$ 4,70 para R$ 4. No Ceará a cotação do quilo vivo caiu de R$ 4,70 para R$ 4, e no Pará o quilo vivo retrocedeu de R$ 4,90, no fechamento de dezembro, para R$ 4,20, no final de janeiro.
Fonte: Agência Safras