Os preços internacionais do açúcar dispararam em janeiro. Em Nova York, os contratos para entrega em março do açúcar bruto encerraram o pregão do dia 31 de janeiro cotados a 20,45 centavos de dólar por libra-peso, contra 19,51 centavos no dia 30 de dezembro, e com valorização de 4,8%.
O mercado foi puxado pela quebra de safra na Índia, onde estiagens recorrentes afetaram canaviais em importantes regiões de cultivo. Com a produção ficando bem abaixo do consumo em 2016/17, a Índia poderá recorrer às importações para “fechar a conta” nessa temporada. Por enquanto, o governo do maior mercado consumidor mundial de açúcar segue negando cortar tarifas de importação, garantindo que há estoque suficiente para atender à demanda.
As primeiras semanas de fevereiro devem ser marcadas por muita expectativa sobre novos números de produção da Índia, onde muitas usinas anteciparam o final da moagem da safra devido a escassez de matéria-prima. Na quinta-feira (2), a Associação das Usinas de Açúcar da Índia relatou que a produção caiu 10% na safra 2016/17, totalizando 12,85 milhões de toneladas, conforme dados contabilizados entre 1º de outubro e 31 de janeiro.
Exportações
As exportações brasileiras de açúcar obtiveram receita de US$ 955.4 milhões em janeiro (US$ 745.4 milhões com açúcar bruto e US$ 210 milhões com açúcar refinado), conforme dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
O volume total embarcado foi de 2.212 milhões de toneladas (1.777 milhão de toneladas de açúcar bruto mais 435.500 toneladas de açúcar refinado). O preço médio foi de US$ 419,40 por tonelada para o açúcar bruto e de US$ 482,20 por tonelada para o açúcar refinado.
Em dezembro de 2016, os embarques de açúcar do Brasil haviam totalizado 2.599 milhões de toneladas, com receita de US$ 1.106 bilhão. Em janeiro de 2016, os embarques somaram 1.496 milhão de toneladas, com receita de US$ 432.9 milhões.
Fonte: Agência Safras