Apagão logístico já fez economia brasileira perder mais de R$ 5 bilhões

O sistema logístico brasileiro esteve perto de um colapso. Isso só não aconteceu, segundo especialistas do setor, porque as lavouras de soja e milho não coincidem.

Produtores e exportadores reclamaram que a falta de armazéns e silos, além de causar filas de caminhões nos portos, também está tornando o custo brasileiro do transporte da lavoura até o comprador cada vez mais alto.

De acordo com pesquisas recentes, o aumentou no custo chegou a quase quatro vezes mais em oito anos e, atualmente, está em média US$ 85,00 por tonelada (cerca de R$ 170,00), enquanto na Argentina, por exemplo, esse gasto é quatro vezes menor.

Esse valor impacta o preço final do produto, tanto para o co nsumidor brasileiro quanto para as exportações. “Quem paga o preço da ineficiência é toda a sociedade, mas a maioria do peso fica com o produtor”, afirmou o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Aluisio de Souza Sobreira.

Entre os agravantes, está o fato de que dos 17.560 mil silos e armazéns públicos e privados do País, 76% não podem operar com estoques públicos, usados para regular o abastecimento e preços de produtos.

O secretário-executivo da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Carlos Alberto Nunes Batista, reconhece o problema na armazenagem agrícola. Ele disse que para atender a demanda futura do agronegócio será preciso investir também na diferenciação do transporte da safra, usando mais trens e barcos.

Fonte: AF

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