Boi gordo: pressão de baixa continua

Os compradores seguem “apertando” o mercado, tentando comprar por preços cada vez menores. Por enquanto, não há sinalização de melhora nas vendas de carne, mesmo que a semana de pagamento de salários esteja mais próxima, e daí vem a pressão para reduzir custo da matéria-prima.

Apesar das margens, tanto da operação de desossa quanto de venda da carcaça, estarem acima da média histórica, isso pouco tem ajudado o mercado do boi gordo, já que o giro dos estoques está ruim e a ociosidade é considerável, o que mantém a falta de interesse em alongar as programações de abate.

A seca, a falta de pasto em algumas regiões e a consequente redução na capacidade de suporte do capim, ajudam na pressão baixista.

Assim, fica fácil testar o mercado com preços até R$ 3,00/@ menores que a referência. É claro que não há compras neste patamar, o mercado trava mediante estas ofertas, mas as indústrias “sentem” o mercado com este comportamento.
Em São Paulo, há quem oferte, mesmo sem folga nas escalas de abate, até R$ 144,00/@, à vista. Preços maiores que a referência geralmente são para prazos maiores. Há possibilidade, por exemplo, de negócios por R$ 151,00/@ para pagamento em 15 dias.

A carne bovina está estável. Há certa resistência, apesar do mercado ruim, em reduzir os preços para, pelo menos, preservar as margens de venda.

 

Fonte: Scot Consultoria

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