Indicadores Cepea: mamão, maçã, citros, banana, manga e frango

Mamão: formosa se desvaloriza 20% com vendas fracas e oferta elevada

Nesta semana (de 09 a 13/01), o preço do mamão formosa caiu 20% na Ceagesp, devido à baixa procura pela fruta. Segundo atacadistas consultados pelo Hortifruti/Cepea, as vendas continuaram fracas por conta das férias escolares. Assim, espera-se melhorar a comercialização apenas em fevereiro, quando retornarem as aulas. Além disso, o volume elevado da fruta nas regiões produtoras também pressionou as cotações. No oeste da Bahia, a variedade formosa foi comercializada nesta semana à média de R$ 0,53/kg, valor 24% abaixo da semana anterior. Como a oferta do formosa deve se manter para a próxima semana, os preços podem seguir em baixos patamares.

Maçã: preços de eva recuam para maior escoamento

As cotações da maçã eva graúda ofertada na região de Fraiburgo (SC) na categoria 3 recuaram 14% nesta semana (09 a 13/01). A queda dos preços é devida ao mercado desaquecido em função da baixa procura pela variedade, principalmente na cat 3, de acordo com colaboradores do projeto Hortifruti/Cepea. Nesta semana, a colheita da variedade se intensificou, mas continua abaixo do ritmo esperado para o período. O atraso atípico na colheita da eva pode pressionar ainda mais as cotações no final de janeiro/início de fevereiro, se coincidir com a oferta de gala na região Sul do país.

Citros: em pico de safra, preços da tahiti caem SP

O volume de lima ácida tahiti ofertado no mercado paulista está elevado desde meados de dezembro, e a colheita da fruta deve seguir intensa até pelo menos fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a quantidade e qualidade da fruta neste ano devem superar as da temporada de 2016, devido ao clima favorável durante as floradas e o desenvolvimento da variedade.

Do lado da demanda, as vendas internas e externas estão enfraquecidas, cenário que tem pressionado os valores da fruta em São Paulo. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da lima ácida tahiti foi de R$ 11,93/caixa de 27 kg, colhida, queda de 10% em relação à anterior. Caso as baixas nos preços no mercado de mesa sejam muito intensas, citricultores podem priorizar o envio da fruta à indústria.

Banana: preços de nanica caem em todas as praças produtoras

Nesta semana (09 a 13/01), as cotações de nanica caíram em todas as regiões acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. No Vale do Ribeira (SP), a queda foi relacionada à maior produção da variedade, já que o clima está sendo bastante favorável para o desenvolvimento dos bananais. O mercado retraído por conta das férias escolares também foi um dos motivos. Na região, a nanica teve média de R$ 1,86/kg, queda de 15% frente à semana passada. Como a praça paulista é a principal produtora da variedade, as outras regiões também acompanharam a queda.

Além disso, no norte de Santa Catarina, especificamente, o principal motivo para a redução foi o enfraquecimento das vendas. Alguns produtores estão conseguindo colher maior produção, mas ainda não é um volume significativo. No norte de Minas Gerais, o mercado de nanica se desaqueceu, já que compradores paulistas deixaram de comprar na praça mineira. Já em Bom Jesus da Lapa (BA), produtores afirmaram que as vendas estão boas, mas tiveram de baixar as cotações para acompanhar os concorrentes.

Manga: fim de safra eleva cotação da tommy em São Paulo

Nesta semana (09 a 13 de janeiro), mangicultores de Monte Alto/Taquaritinga (SP) se animaram com a valorização da manga tommy. Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, o volume da variedade é pequeno, e grande parte dos produtores da região pode finalizar as colheitas ainda nas próximas semanas.

Este cenário pode ser favorável para as cotações da variedade, dado que o volume de tommy se manterá restrito, em nível nacional, até meados de fevereiro, quando Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) devem intensificar a colheita. Nesta semana, a manga tommy foi comercializada à média de R$ 0,88/kg, valor 76% maior em relação à semana passada, mas 20% menor em comparação ao mesmo período de 2016.

Frango: negócios estão fracos neste início de ano no Brasil

As negociações envolvendo carne de frango e o animal vivo estão lentas no mercado interno neste início de ano. Com isso, o preço pago pelo animal ao avicultor e o da carne negociada no atacado está em queda. Segundo colaboradores do Cepea, os estoques estão elevados, visto que o escoamento no final do ano passado foi limitado pelo fraco consumo. Na parcial de janeiro (de 29 de dezembro a 12 de janeiro), o animal vivo se desvalorizou 7,3% em São José do Rio Preto (SP), a R$ 2,68/kg na quinta-feira (12).

Quanto à carne, os preços do congelado caíram 6,5% em São Paulo, indo para R$ 3,89/kg na quinta-feira. Chapecó foi a única praça acompanhada pelo Cepea em que registrou alta nos valores do congelado, de 1,8%, a R$ 4,28/kg. Para a carne resfriada, houve queda de 15,4% em Descalvado (SP), com os valores a R$ 3,60/kg na quinta-feira (12).
Ao contrário do mercado doméstico, as exportações de carne de frango in natura estão firmes, trazendo esperanças ao setor, uma vez que, historicamente, os embarques se enfraquecem de dezembro a janeiro, mas se recuperam nos meses seguintes.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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