Em dezembro, após dois meses de fraco desempenho, as exportações brasileiras de carne de frango voltaram a superar as 300 mil toneladas. Embora tenha ficado quase 10% aquém do registrado um ano antes, o volume de produto in natura embarcado no encerramento do ano – 326.830 toneladas – foi quase 12% superior ao do mês anterior.
Como resultado desse desempenho, o total de produto in natura exportado no ano ficou próximo dos quatro milhões de toneladas, propiciando novo recorde ao setor. Foram ao todo 3.961 milhões de toneladas, volume que representou aumentos de 1,87% e 8,56% sobre 2015 e 2014, respectivamente.
O que não correspondeu foi o preço obtido pelo produto. Que, embora crescente na maior parte do ano, só no último quadrimestre voltou a registrar evolução positiva em relação aos mesmos meses de 2015. Em decorrência, o valor médio anual, da ordem de US$ 1.500 a tonelada, recuou mais de 6% em relação ao ano anterior, além de ficar quase um quarto abaixo do preço médio alcançado em 2013 – perto de US$ 1.980 a tonelada, a melhor remuneração alcançada pelo produto em todos os tempos.
Uma vez que a expansão no volume foi pequena, o efeito maior do recuo no preço recaiu sobre a receita cambial que, pela primeira vez na corrente década, ficou aquém dos US$ 6 bilhões. O valor exato – pouco mais de US$ 5.948 bilhões – representou recuos de 4,54% sobre o ano anterior e de 13,71% sobre 2014.
Ainda assim, a carne de frango in natura manteve-se como um dos produtos-chave exportados pelo Brasil em 2016. Pela receita cambial, ocupou a quinta posição na pauta, atrás apenas da soja em grão, minério de ferro, petróleo em bruto e açúcar em bruto. É verdade que perdeu uma posição em relação a 2015, ano em que ocupou o quarto lugar na pauta. Mas a baixa não foi por mau desempenho e, sim, porque o novo ocupante do posto, o açúcar em bruto, teve um ano excepcional e, no exercício passado, obteve aumento de receita de 40%.
Fonte: AviSite
