Por ser um ano de transformações político-econômicas, a Embrapa destacou a parceria e a criatividade como características fortes para o desenvolvimento de mais de 41 projetos, 200 eventos, 360 atividades em parceria e inúmeras soluções tecnológicas disponibilizadas.
O Comitê Gestor da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) reuniu todos os empregados para a apresentação do balanço de atividades do ano de 2016, marcado por realizações da pesquisa agropecuária e muito trabalho em parceria, contrapondo o contingenciamento orçamentário e as situações de crise político-econômica nacional. A unidade alcançou mais de 200 eventos e mais de 360 atividades de pesquisa realizadas em parceria, disponibilizando inúmeras tecnologias. O encontro também mostrou os avanços e os principais direcionamentos e desafios para 2017.
Na programação de pesquisa, neste ano, foram registrados 41 projetos em andamento – dos projetos encaminhados às chamadas do Sistema Embrapa de Gestão, houve aprovação de 75% no primeiro semestre de 2016 – e o envolvimento em 113 projetos liderados por outras unidades. No segundo semestre, 16 novas propostas foram à apreciação e os resultados devem ser divulgados nos primeiros meses de 2017.
Durante o ano de 2016, ganharam destaque os lançamentos de novos produtos da Embrapa, como as publicações sobre oliveiras no Sul do Brasil, Zoneamento Edáfico de Santa Maria e Sistema de Produção de Leite; duas cultivares de pêssego BRS RubraMoore e BRS Citrino; duas cultivares de arroz BRS Pampeira e BRS 358, e o aplicativo para celular GD Arroz, dentre tantas outras soluções disponibilizadas.
“Temos soluções tecnológicas encaminhadas em 2016, a serem entregues no decorrer de 2017, que são: duas cultivares de azevém, duas cultivares de feijão preto, uma cultivar de batata-doce e uma cultivar de arroz”, adiantou Pillon, demonstrando a elevada capacidade da unidade em produzir conhecimento e inovação.
Na área de transferência de tecnologia, a unidade de pesquisas buscou trabalhar de maneira forte em territórios considerados estratégicos para sua área de atuação na região de clima temperado. Foram instaladas novas estruturas, articuladas para dar suporte à qualificação da atuação da unidade em sua área de abrangência.
Exemplos dessa iniciativa são a Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (UMIPIT), localizada em Francisco Beltrão, município do sudoeste do estado do Paraná – parceria entre a Embrapa, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar); o Escritório Avançado da Unidade, em parceria com o Instituto Federal Farroupilha, no município de Santa Rosa, no nordeste do estado do Rio Grande do Sul, que se somam ao Campo Experimental Avançado de São Mateus do Sul, no Paraná, e ao Campo Experimental Avançado (vinculado à Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro, a AUD), no município da Metade Sul do estado do Rio Grande do Sul, em Camaquã.
Foram feitas atividades direcionadas à diversificação de públicos com as Chamadas Públicas de Sucessão Familiar, por meio de parcerias com as Escolas Família Agrícola e da área da Gastronomia; contribuições para segurança alimentar, por intermédio da capacitação de multiplicadores, distribuição de material genético, diversificação da matriz produtiva e apoio às redes sociais.
Ações de transferência de tecnologia foram realizadas para as cadeias estratégicas de atuação para a unidade, como dias de campo e workshops com as cadeias do pêssego, leite, arroz, batata, agroenergia, dentre outras. Na área de Comunicação, destaque para inserções de visibilidade em veículos destinados ao agronegócio, e do alcance das mídias sociais, com média de 5.500 usuários por publicação no Facebook, chegando a quase dez milhões de visualizações.
Em Desenvolvimento Institucional, a unidade local investiu em 2016 num programa inédito chamado Portas Abertas, uma série de atividades programadas para estreitar relações com diversos públicos e cadeias produtivas. “Nesta ação realizamos seminário de tecnologias sociais, um edital para a recepção de escolas do ensino fundamental, dias de campo interno para os nossos empregados e colaboradores, uma rodada de cicloturismo nas dependências da unidade de pesquisas, como também a mostra de tecnologias para gastronomia, os 20 anos do Sispel, e participamos do Festival de Gastronomia e dos wokshops, envolvendo cadeias produtivas, o que totalizou ao redor de 1.500 pessoas se aproximando da Embrapa”, listou Pillon.
Em termos de custo e orçamentos, dentro da ação do Arranjo Produtivo Local (APL Alimentos) foram contempladas a realização de atividades que captaram recursos por meio do projeto Embrapa na ordem de R$ 611 mil. A unidade de pesquisas investiu R$ 5.123 milhões em recursos destinados pelo Sistema Embrapa de Gestão de projetos (de um total positivo de R$ 6.5 milhões ao longo do ano), mas também se empenhou em captar, por meio de receitas indiretas, um valor de R$ 1.4 milhão, o que permitiu manter a agenda dinâmica na unidade.
Criatividade e projetos para 2017
O chefe-geral Clenio Pillon, ao longo de sua fala, expressou a criatividade como uma das características que mais se destacaram durante o desenvolvimento da programação da unidade, em 2016. E enalteceu as pessoas como fator importante na realização das atividades rotineiras. Por isso, foi instituído, na ocasião, premiação de reconhecimento à pessoa e ao público interno da unidade.
Neste ano foi feita a entrega de certificados de reconhecimento aos empregados que apresentaram soluções inteligentes, como no caso de José Carlos D’Ávila, que montou um secador de grãos; de Lori Borges da Costa e José Carlos D´Ávila, pela construção do tronco para manejo de animais, e de Leandro Boa Nova, pela roçadeira lateral para pomares, o aplicador de isca tóxica para mosca-das-frutas e a grade aradora com sistema de levante hidráulico (uma adaptação ao sistema mecânico e manual). Também foi prestada homenagem a 13 empregados que completaram, neste ano, dez, 20, 30 e 40 anos de empresa.
Pillon também apresentou os desafios dos novos tempos à pesquisa, que exigem clareza sobre o processo de produção; a necessidade de se construir um portfólio de ativos e pré-ativos tecnológicos; o fortalecimento da modelagem de negócios, assim como o estabelecimento de parcerias e captação de recursos; a capacidade de antecipação e quantificação de impactos; fortalecimento do diálogo com a sociedade; subsídios à construção de políticas públicas; ampliação das relações internacionais e o desenvolvimento de pessoas e competências.
Em matéria de articulação para a inovação, a Chefia Geral citou algumas empresas que estão se associando a práticas e ideias desenvolvidas pela unidade como a Bem Brasil Alimentos, o Instituto Gaúcho do Leite (IGL), a Ouro Fino Agrociência, a Yara Brasil, a FMC, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), a Dairy Equipamentos e a Águia Metais.
Antes do término do evento, foi apresentado o vídeo de final de ano, com mensagens proferidas pelos integrantes do Comitê Gestor da Unidade e de representantes da Associação dos Empregados da Embrapa, do Sindicato local – Sinpaf, e da Fundação de Apoio à Pesquisa Edmundo Gastal (Fapeg). Em seguida, uma confraternização entre toda a equipe de trabalho da unidade de pesquisas encerrou o dia. A atividade aconteceu no dia 16 de dezembro.
Fonte: Embrapa