1ª fábrica de fertilizante organomineral será inaugurada em maio de 2017

Fertilizante: eficácia e sustentabilidade com tecnologia Embrapa. Foto: Alexandre Esteves
Fertilizante: eficácia e sustentabilidade com tecnologia Embrapa. Foto: Alexandre Esteves

A primeira fábrica de fertilizante organomineral com tecnologia Embrapa, a Organogran, será inaugurada em maio de 2017, no Distrito Federal. Seguindo um modelo de inovação aberta, a Embrapa Solos (RJ), em parceria com a Calderon Consulting, desenvolveram um fertilizante que poderá ser produzido em escala industrial.

“Foi a parceria perfeita, porque de um lado tínhamos a fórmula, e Calderon tinha a tecnologia de montagem industrial. Com isso foi possível gerar um produto pronto para chegar ao consumidor final”, explica Denise Werneck, chefe da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos.

A OrganoGran estará localizada no PAD-DF, na DF-130, numa área de 40 mil metros quadrados, com capacidade de produção de 25 mil toneladas/ano. “Esse produto nos chamou muita atenção em função de ser uma tecnologia revolucionária para o setor, prezando pelo alto desempenho e pela sustentabilidade”, explica o diretor da Organogran, Luciano Conceição.

O pesquisador da Embrapa Solos, Vinicius Benites, revela mais detalhes do produto, que pode ser à base de cama de frango ou dejetos suínos. “Os organominerais proporcionam sustentabilidade na produção agrícola por proporcionar a redução em até 10% do uso de fertilizantes químicos, por potencializar a ação microbiana e disponibilizar mais nutrientes no solo. O rendimento do fertilizante é ainda 15% superior, se comparado aos fertilizantes normalmente utilizados pelos produtores”, afirma.

Aproveitando diversos resíduos orgânicos de agroindústrias, criação de animais, restos agrícolas etc., os fertilizantes organominerais são processados, estabilizados e devolvidos aos solos na forma de nutrientes. Com isso, reduzem o impacto ambiental da atividade agropecuária e elevam os índices de produtividade do solo. Por ter a vantagem de ser sustentável, foi depositado o pedido de patente “verde” internacional, a ser reconhecida em âmbito internacional.

Segundo o Luciano Conceição, a alta eficiência do produto e seu caráter sustentável foram os fatores decisivos para que o empresário – que atua no agronegócio há 28 anos – investisse na construção da fábrica. “Fertilizaremos o solo dos produtores com matéria orgânica, NPK e micronutrientes simultaneamente, com um fertilizante organomineral granulado, sem qualquer restrição ao uso em plantadeiras”, planeja Conceição.

O empresário também estuda futuramente desenvolver fórmulas específicas para qualquer cultura ou recuperação de solo. “Esse fertilizante é um produto moderno, eficiente, com melhor custo benefício e sustentável. Pretendemos atender propriedades do Distrito Federal e entorno, produtores de grãos, hortifrutigranjeiros e pecuaristas que precisem recuperar pastagens”.

Apostando muito no produto, Conceição já planeja criar a segunda unidade da fábrica em Anápolis, em Goiás.

 

Fonte: Embrapa Solos (RJ)

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