Se o seu cãozinho ou gato se retorce de tanta coceira, ele pode estar sofrendo com a Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP). A enfermidade é uma reação alérgica cutânea intensa nestes animais, decorrente da hipersensibilidade à saliva da pulga.
Segundo Régis César Santoro Patitucci, veterinário da clínica Stetic Dogs, a doença é considerada um dos problemas de saúde mais comuns entre animais de estimação. “Cerca de 50% dos casos atendidos em clínicas veterinárias referem-se a problemas de dermatite alérgica, dentre elas, a DAPP”, informa. E é exatamente no verão que as pulgas encontram a temperatura e a umidade mais propícios à sua reprodução, aumentando a necessidade de se despulgar o cão e o gato.
SINTOMAS
Os principais sintomas da doença são a queda de pelo generalizada ou localizada (onde a boca e a ponta da pata conseguem alcançar), vermelhidão, podendo estar acompanhada por feridas, principalmente, próximas à cauda (em cães) e no pescoço (em felinos). Outros sintomas são pele inflamada, crostas, prurido intenso (coceira) e forte odor quando o grau de infecção é acentuado.
Caso a DAPP não seja rapidamente identificada, as lesões podem piorar sensivelmente em decorrência da coceira que a alergia desencadeia. Em casos crônicos, a pele fica espessa e enegrecida. “O animalzinho pode, inclusive, desenvolver a piodermite, uma infecção de pele cujo tratamento é muito mais complicado que o da DAPP”, alerta Patitucci.
COMO DIAGNOSTICAR
O diagnóstico clínico é feito por meio do histórico do animal e do exame físico.
Entretanto, um teste alérgico é importante para identificar e confirmar o quadro. “O desenvolvimento da enfermidade não significa que o animal esteja contaminado por inúmeras pulgas. Caso o pet seja alérgico e picado apenas por uma delas, já é possível que uma dermatite grave se desenvolva”, explica o veterinário.
O melhor método para eliminar as pulgas é adotar medidas mecânicas, físicas
e químicas em todos os animais da casa e também no ambiente. Vale lembrar que as pulgas presentes no animal representam somente 5% da população total deste parasita. Os outros 95% — incluindo ovos, larvas e pupas — estão no ambiente onde o animal vive. Para diminuir os riscos, é preciso manter uma rotina de banhos adequada à raça do animal e cuidados higiênicos, especialmente após os passeios, orienta Patitucci.
Existem no mercado medicamentos contra pulgas e outros parasitos em cães e gatos. Muitos são aplicados em dose única, com uso tópico e contínuo, atingindo ovos e larvas e interrompendo, assim, o ciclo de vida da pulga, exterminando-a.
Estes produtos atuam tanto no animal quanto no ambiente e possuem indicação para controle da Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP) e ainda eliminam um amplo espectro de parasitos.
Alguns se diferenciam de outros produtos do mercado: são medicamentos e
não inseticidas, oferecendo segurança tanto para o animal quanto para a família. É preciso fazer uma pesquisa nas lojas especializadas e pet shops para comprar o melhor para o animal. Todos eles precisam ser administrados mensalmente, com orientação do veterinário.
Fonte: Revista A Lavoura – Edição nº 712/2016
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