A China planeja produzir quatro milhões de toneladas de etanol até 2020, dobrando o volume em relação aos níveis atuais, mesmo enquanto mantém forte controle sobre o uso de grãos alimentares para produzir o biocombustível, segundo um plano do governo divulgado hoje.
O maior país consumidor de energia planeja elevar a porção de combustíveis não fósseis no consumo primário de energia para 15% contra 12% atualmente, ao fim do atual plano quinquenal, em 2020. Enquanto outras fontes de energia renovável, como solar e eólica, cresceram rapidamente nos últimos anos, o país tem dificuldade para atingir suas metas de energia agrícola, devido a preocupações com segurança alimentar e à falta de matérias-primas em escala industrial para queima de biomassa, como resíduos de milho.
A China produz atualmente 2.1 milhões de toneladas de etanol por ano, apesar de ter indicado uma meta de produção de quatro milhões de toneladas em seu plano quinquenal anterior, que terminou em 2015. O governo reiterou a meta de qautro milhões de toneladas em seu novo plano de cinco anos, para até 2020, publicado pela Administração Nacional de Energia.
Analistas disseram que a produção pode superar a meta à medida que produtores ampliam fábricas para aproveitar grandes estoques de milho velho e barato. “Acreditamos que nos próximos dois ou três anos a China poderá expandir para seis milhões a oito milhões de toneladas”, disse o consultor-chefe da Shanghai JC Intelligence, Li Qiang.
O novo plano mantém a política atual de restrição ao uso de grãos alimentares e pede o “desenvolvimento apropriado” do etanol de mandioca e outras fontes que não são grãos. Mas o plano pede também uma expansão “apropriada” do etanol que usa milho mofado ou trigo e arroz com níveis excessivos de toxinas, como parte de um “plano mais amplo para segurança alimentar, segurança sanitária e segurança energética”.
Fonte: Reuters
