O ano (isto é, não só o mês) vai terminando e as carnes refletem com intensidade crescente as dificuldades econômicas enfrentadas pelo País. Sobra, naturalmente, para “as pontas mais fracas dessa corda”, produtores e consumidores. Em relação aos produtores, os de frango, à primeira vista, vivem situação melhor que os de bovinos e suínos, pois seu produto supera a inflação acumulada nos últimos 12 meses, por ora estimada em 8%.
Nada mais falso, claro, porquanto sua principal matéria-prima, o milho, embora com preços agora decrescentes, acumula em um ano, variação de 60%, índice muitíssimo superior ao ganho de pouco mais de 13% do frango. De toda forma, o produtor avícola experimenta situação “menos ruim” que a do suinocultor, cujo preço médio permanece, até aqui, inferior ao alcançado nos 10 primeiros meses não só de 2015, mas também de 2014.
Melhor, naturalmente, para o produtor de bovinos. Pois ainda que em 2016 os dez primeiros meses do ano estejam sendo completados com um valor médio inferior à da inflação dos últimos 12 meses, em 24 e 36 meses o boi registra evolução de preço bem superior aos índices inflacionários.
Quanto às matérias-primas básicas da avicultura e da suinocultura, milho e farelo de soja, há pouco a acrescentar senão mencionar que continuam sendo o principal desafio dos dois setores.
Fonte: AviSite