As coincidências não ocorrem somente em um sentido. Acabamos de passar por dias e dias em que tudo conspirava contra os preços do feijão carioca, e agora os fatos passam a agir no sentido da valorização:
1 – Vários supermercados finalmente baixaram os preços, promovendo feijões entre R$ 7,00/R$ 8,50. Precisam repor.
2 – Especuladores forçaram a venda, após fazerem a média comprando barato dos produtores. Precisam repor.
3 – Produtores decidiram esperar e não vender mais abaixo de R$ 200 os recém-colhidos. Diminuiu a oferta.
4 – Chuvas atrapalham a colheita no interior de São Paulo. Diminuiu a oferta.
5 – Parou de ser óbvio que os preços subiriam. Até o mais otimista hoje não tem certeza de nada.
Produtores calejados, que recomendam vender e fazer média, acabam ouvindo dos mais empolgados: “Mas vai subir mais!”. A fórmula acaba sendo a mesma, ou seja: vende-se quando tem comprador. Já os compradores, por seu lado, vão fazendo média com o que já havia sido comprado.
O difícil passa a ser explicar aos varejistas que agora que baixou, voltou a subir. O dia a dia tem renovados desafios. Nesta manhã, no Brás, foram ofertadas 9 mil sacas e, por volta das 7h, sobravam cerca de 4 mil sacas. Os preços foram R$ 195,00 para nota 8,5 e R$ 175,00 para nota 8.
Fonte: Ibrafe