Brasil aparece em 81º no ranking de competitividade global

O Brasil continua a enfrentar problemas com o alto preço da logística. Dados do Instituto de Logística e Supply Chain mostram agora que estes problemas possuem um número. Em um estudo intitulado “Custos Logísticos no Brasil”, analistas estimam que 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País é gasto com transporte, estoques, armazenamento e serviços de administração. Em comparação, nos Estados Unidos, 7,8% do PIB é gasto para os mesmos itens.

Estes dados foram obtidos com base no ano de 2015. Em 2014, o percentual era de 12,1%, mas a crise financeira que o País vem enfrentando nos últimos dois anos contribuiu para uma elevação das cifras. A pior queda na economia em décadas resultou em custos muito mais altos para a manutenção de estoques inchados.

Com os números divididos para cada item, o transporte representa 6,8% do PIB; estoques, 4,5%; armazenamento, 0,9% e custos administrativos, 0,5%.

O motivo desses custos altos no Brasil é a falta de alternativas mais baratas para o transporte de mercadorias. De acordo com o estudo, 65% das mercadorias no Brasil são transportadas por caminhões, 20% por via férrea, 12% por via marítima e 17% por oleoduto. Nos Estados Unidos, estes números são de 43% por caminhões, 32% por via férrea, 8% por a via marítima e 17% por oleoduto.

A análise vai ao encontro de um estudo recente do Fórum Econômico Mundial, que colocou o Brasil no 81º lugar de 138 países em questão de competitividade. Este número está 33 pontos abaixo de 2012 e é o pior ranking em uma década para o Brasil. A adoção lenta de avanços tecnológicos e a inovação nos negócios são algumas das razões para a posição na qual o País se encontra. Outros problemas incluem: regulamentações excessivas, taxas altas e infraestrutura inadequada.

Das dez maiores economias na América Latina, o Brasil aparece em 9º na competitividade, com Chile e Panamá liderando a lista.

O setor agropecuário do Brasil já é bastante familiarizado com os problemas logísticos no Brasil. O País está no processo de melhorias para alguns de seus problemas, mas os progressos recentes foram atrasados devido a uma economia encolhida.

O PIB do Brasil tem diminuído por dois anos consecutivos e não deve voltar a crescer até 2017. Tudo isso leva a uma economia frágil que impede os investimentos necessários para crescer.

 

Fonte: Notícias Agrícolas, com informações do Soybeans and Corn Advisor.

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