As matérias-primas que têm influência sobre a inflação brasileira registraram forte queda no mês passado, após apontar estabilidade em junho. Pelos cálculos do Banco Central, o Índice de Commodities Brasil (IC-Br) caiu 5,71% no mês passado, maior queda mensal desde maio de 2011 (-5,79%), após variação positiva de 0,01% em junho. No ano, o índice tem queda de 10,07%, e sobe modestos 0,33% em 12 meses, desacelerando dos 9,35% vistos nos 12 meses até junho.
O indicador é construído partindo dos preços das commodities agrícolas, metálicas e energéticas convertido para reais. Seu equivalente internacional, o “Commodity Research Bureau” (CRB), mostrou variação negativa de 5,51% em julho, e caí 8,05% no ano. Em 12 meses sobe 0,54%.
Entre os três subgrupos que compõem o IC-Br, o de commodities agropecuárias (carne de boi, carne de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e arroz) registrou baixa de 6,84% no mês, maior desde março de 2010 (-5,79%), após alta de 0,79% em junho. No ano, a queda é de 12,37%, mas em 12 meses o índice ainda sobe 0,38%.
Alta no preço das commodities metálicas (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel), que avançaram 0,88% em julho, vindo de desvalorização de 1,76% em junho. A baixa no ano é de 0,54%, mas há valorização de 5,93% em 12 meses.
As commodities energéticas (petróleo Brent, gás natural e carvão) mostraram queda de 7,57% no mês, maior queda desde janeiro 2015 (-15,56%) após baixa de 3,21% em junho. No ano, apontam desvalorização de 7,23%, e baixa de 10,21% em 12 meses.
Observando o comportamento da média móvel trimestral, indicador mais utilizado para captar tendência, o IC-Br aponta queda de 1,42% em julho vindo de retração de 0,56% em junho e baixa de 2,08% em maio.
Fonte: Valor Econômico