O mercado de boi gordo operou com preços de estáveis a mais altos nesta semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos voltaram a se deparar com escalas de abate encurtadas. Mesmo com os preços mais altos não foi possível o bom andamento das escalas de abate, justamente pela limitação da oferta no mercado interno.
“Com as escalas de abate encurtadas aumenta a possibilidade de reajustes durante a próxima semana”, disse Iglesias.
Com a maior dependência de animais confinados, aumenta a possibilidade de reajustes no curto e no médio prazo. “A principal queixa dos frigoríficos passa diretamente pela dificuldade em repassar o aumento dos preços da matéria-prima para o preço de venda no atacado, gerando problemas de rentabilidade”, disse.
A média de preços da arroba do boi gordo nas principais praças de comercialização do país ficou assim nesta semana:
* São Paulo – R$ 159,54 a arroba, contra R$ 158,05 a arroba na semana passada.
* Goiás – R$ 142,00 a arroba, estável.
* Minas Gerais – R$ 146,66 a arroba, contra R$ 146,00.
* Mato Grosso do Sul – R$ 143,00 a arroba, contra R$ 141,58.
* Mato Grosso – R$ 135,66 a arroba, contra R$ 135,22 a arroba.
Exportações chegam a 58.000 toneladas no mês
As exportações de carne bovina do Brasil renderam US$ 226.7 milhões em junho, com média diária de US$ 17.4 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total exportada pelo País chegou a 58.300 toneladas, com média diária de 4.500 toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 3.888,20.
Na comparação com a média diária de maio, houve uma queda de 8,1% no valor médio exportado, uma retração de 6,7% na quantidade e uma perda de 1,4% no preço médio. Na comparação com junho de 2015, houve uma retração de 8% no valor total exportado, ganho de 4% na quantidade total e desvalorização de 11,6% no preço médio.
Fonte: Fábio Rübenich / Agência Safras
