O Programa Mais Irrigação, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff destinará R$ 10 bilhões de recursos para investimento em infraestrutura. O anúncio foi feito durante cerimônia no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, dia 13 de novembro, em Brasília. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, que esteve presente no ato, destacou a importância do aporte de recursos voltado ao incentivo da produção irrigada nas lavouras brasileiras. Mendes Ribeiro aproveitou para confirmar que o Ministério da Agricultura tem garantido no Plano Plurianual/2012-2015 recursos de R$ 4 bilhões para o financiamento de equipamentos.
O valor será usado na implementação de ações de aperfeiçoamento das políticas para ampliar a área irrigada, aumentar a produtividade e contribuir para a contenção do avanço da fronteira agrícola. A criação da linha de crédito que financiará o setor produtivo do País está em construção por técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SCD) do Mapa. Prazos, taxas de juros e limites na tomadas dos recursos devem ser definidas conjuntamente com o Ministério da Fazenda. Mas o Governo já está presente em várias iniciativas do treinamento a capacitações, incentivo à pesquisa, assistência técnica e extensão rural. “O importante é evitar riscos inerentes às variações e às mudanças climáticas, garantindo resultados melhores e agregando valor à produção, de modo compatível ao conceito de desenvolvimento sustentável”, salientou Mendes Ribeiro Filho.
Hoje, o Brasil tem uma área plantada de 68 milhões de hectares de grãos, frutas e fibras. Na pecuária, o espaço no campo é de 180 milhões de hectares. A execução da política de irrigação é para justamente tornar mais intensivo o uso dessas áreas, reduzindo a pressão por novos espaços. Para isso, o Mapa trabalha com o objetivo de integrar as políticas agrícolas com as de meio ambiente, as políticas de recursos hídricos e de irrigação, envolvendo os estados em ação de regionalização. Essas ações têm que levar em conta as características das regiões com as vocações específicas, por meio de orientações técnicas, tecnológicas e de conhecimento das condições naturais e vocacionais de suas propriedades.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, onde o projeto piloto de regionalização está em curso, existem vários e bons projetos de irrigação. Aliás, o estado é o que mais irriga no País, são 1,5 milhão de hectares e a predominância é por inundação ou sulcos, representada sobretudo pelo arroz. No Brasil, predomina a irrigação por aspersão ou gotejamento. Mendes acredita que o potencial do estado, bem como das demais regiões do País e a decisão de trabalhar em parceria com os setores representativos de cada localidade dará reais possibilidades para incrementar a agricultura irrigada.
Para o ministro, o uso da irrigação é um dos itens mais importantes para a modernização e o aumento da produtividade da agricultura brasileira. Segundo ele, a utilização dessa tecnologia permite o uso intensivo dos solos reduzindo a pressão por abertura de novas áreas, além de qualificar a lavoura. O crescimento das áreas irrigadas é apontado como um dos principais fatores que garantiram o suprimento de alimentos em décadas de explosão demográfica. “O Ministério está trabalhando com vistas a ampliar o uso dessas novas tecnologias no campo”, salientou.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento