Empréstimos para produção sustentável devem superar a expectativa

Os índices alcançados pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), durante o seu segundo ano de execução, superaram as expectativas e tornam as previsões para a próxima safra animadoras. Os empréstimos realizados de junho de 2011 até o mesmo período deste ano alcançaram a marca de R$ 1,5 bilhão, superando em 76,47% a previsão feita pelo governo federal. Para a safra 2012/2013, a perspectiva é que sejam contratados R$ 2 bilhões em financiamentos destinados à plantação sustentável.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (04), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresenta números significativos para os dois meses de créditos rurais contratados nessa safra. Foram liberados R$ 398,8 milhões nos meses de julho e agosto, que representam 357% a mais que os mesmos meses de 2011. Esse montante já demonstra 11,7% dos créditos oferecidos pelo Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013.

Uma das grandes dificuldades enfrentadas hoje pelos produtores na aprovação de crédito é a elaboração de propostas de financiamento que se encaixem nos requisitos das instituições financeiras. O Mapa vem incentivando a criação de grupos gestores para que sejam elaborados planos específicos de acesso ao crédito e projetos para cada estado na agricultura de baixa emissão de carbono.

De acordo com o ministro Mendes Ribeiro Filho, quanto maior o conhecimento do produtor sobre o programa e a elaboração de projetos técnicos, maior o alcance aos recursos de crédito. “Quanto mais conhecido se torna o programa, maiores serão nossas intenções futuras. Queremos que toda a verba disponível seja utilizada, mas é necessário que o produtor seja orientado sobre como apresentar os projetos para as instituições financeiras”, afirma.

Dos financiamentos liberados na safra 2011/2012, São Paulo foi o estado com o maior número de créditos recebidos, com R$ 314,2 milhões. A sequência da lista apresenta ainda Minas Gerais, com R$ 256 milhões, Paraná (R$ 188,9 mi), Goiás (R$ 172,9 mi) e Rio Grande do Sul (R$ 168,2 milhões).

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