A consultoria AgRural estima que a colheita de soja avançou 5% nesta semana e atingiu 90% da área cultivada no País. Fernando Muraro, sócio-diretor da empresa, comenta que os trabalhos estão em linha com os 91% registrados na mesma época no ano passado e os 88% de média dos últimos cinco anos para o período.
Segundo a consultoria, os trabalhos estão na reta final no Centro-Oeste e no Sudeste. Na região Sul, as chuvas desta semana dificultaram o avanço das máquinas em algumas regiões, enquanto no Matopiba (confluência do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) o tempo seco continua castigando as lavouras que ainda não estão prontas para colher.
Muraro lembra que a colheita foi acelerada até o fim da semana passada no Rio Grande do Sul, mas depois perdeu ritmo por causa da chuva. “Mesmo assim, o índice evoluiu 16 pontos na semana, alcançando 72%. De todo modo, segue atrás dos 88% do ano passado”, disse ele. Novas chuvas previstas para as duas próximas semanas tendem a dificultar a finalização da colheita gaúcha.
Em Minas Gerais, o tempo aberto favorece a colheita, que atingiu 95% da área, ante 86% há um ano. Em Uberlândia, talhões de soja tardia rendem até 57 sacas. Em linha com o ano passado, Goiás colheu 96% e apenas áreas das regiões leste e norte ainda têm máquinas em campo. Na região de Cristalina, localidades onde a soja de ciclo precoce e médio rendeu até 60 sacas agora estão colhendo 47 sacas.
Segundo a consultoria no Maranhão, que colheu 70% da área, os trabalhos perderam ritmo devido ao intervalo no plantio, mas áreas semeadas em janeiro também estão com baixo potencial. No Tocantins, 90% foi colhido. Em Palmas, alguns produtores não estão conseguindo cumprir os contratos de entrega, por falta de produto.
No Piauí, as colheitadeiras já passaram por 40% da área. Em Baixa Grande do Ribeiro, áreas estão rendendo até 35 sacas. Na Bahia, 85% da safra está colhida. Áreas onde as chuvas foram melhores rendem até 50 sacas, mas a média está em 35 sacas. Em Mato Grosso do Sul e São Paulo, os trabalhos já estão encerrados. Em Mato Grosso, apenas a porção leste, que planta mais tarde, ainda tem máquinas na ativa. No total do estado, 99% da área está colhida.
Fonte: Globo Rural