A região Sul de Mato Grosso, de forte tradição algodoeira, ganhou nesta quarta-feira (30 de março), um Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica que é parte de um projeto voltado para o futuro da cotonicultura e do sistema produtivo adotado no Cerrado mato-grossense.
“Em meio a adversidades, Mato Grosso continua sendo um porto seguro e o agronegócio, do qual fazemos parte, tem dado inúmeras provas de sua solidez e de sua importância para o futuro do Brasil. Este Centro de Treinamento, assim como outros quatro que estão sendo implantados nos núcleos regionais de produção algodoeira, está integrado a um processo de melhoria contínua e de busca da produção com responsabilidade social e ambiental”, afirmou Gustavo Piccoli, presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt).
Com uma área de aproximadamente 190 hectares (sendo mais de 5 mil metros quadrados de área construída), o Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica do Núcleo Regional Sul tem estrutura para a realização de treinamentos e oficinas visando à qualificação de mão de obra, e para a identificação e difusão de novas tecnologias.
“Ser produtor em Mato Grosso é enfrentar uma série de desafios e, para vencê-los, é preciso ter visão do futuro. Com este empreendimento vamos garantir o futuro da cotonicultura por mais 100 anos e temos certeza de que ele será um centro de difusão de novos conceitos não só para o algodão como para outras culturas que vão garantir o desenvolvimento do estado”, afirmou o ex-governador de Mato Grosso, Rogério Salles, vice-prefeito de Rondonópolis que representou o prefeito Percival Muniz na solenidade.
O produtor Sérgio De Marco, que atua na região Sul, destacou o empenho da equipe do IMAmt e disse que o Centro de Treinamento é resultado de um trabalho que os associados da Ampa vêm fazendo há muitos anos.
“Foi um trabalho duro e silencioso. O resultado é que está fazendo barulho”, comentou De Marco, ex-presidente da Ampa e da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), referindo-se às perspectivas abertas com a construção do CT de Rondonópolis e de outros quatro em implantação nos núcleos regionais Norte (na região de Sorriso), Centro (na região de Campo Verde), Médio Norte (região de Campo Novo do Parecis) e Noroeste (região de Sapezal). O projeto de construção dos Centros de Treinamento e Difusão Tecnológica tem apoio financeiro do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
De Marco foi um dos ex-presidentes da Ampa que participaram da inauguração ao lado de Carlos Ernesto Augustin e João Luiz Ribas Pessa. O vereador Jaílton do Pesque e Pague falou em nome da Câmara Municipal de Rondonópolis cumprimentando Ampa e IMAmt pela inauguração do Centro, situado a cerca de 6,5 km da BR-364, no sentido Pedra Preta.
Também participaram do evento José de Assis Guaresqui, superintendente federal de Agricultura em Mato Grosso, e o presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis Francisco de Castro (representando a Famato), representantes da Associação Comercial, da Associação de Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT) e da Associação de Criadores de Suínos (Acrismat), e lideranças políticas e empresariais da região Sul.
Convênio
Durante a solenidade foi assinado um convênio entre o IMAmt e a Embrapa Meio Ambiente, representada pelo chefe geral Marcelo Boechat Morandi da unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em Jaguariúna (SP). O convênio contempla a realização de ensaios para que pulverizadores de grande porte possam utilizar uma tecnologia já desenvolvida por essa unidade da Embrapa visando aumentar a eficácia de produtos agroquímicos aplicados às lavouras.
A estrutura montada no Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica do Núcleo Regional Sul abrirá a possibilidade de muitas parcerias com instituições de ensino e pesquisa, de acordo com o diretor executivo do IMAmt, Alvaro Salles, contribuindo para atrair e fixar novos talentos na região Sul. O CT abrigará uma Escola de Beneficiamento do Algodão, que contará com uma mini-usina e terá condições de ser a mais completa do país, segundo Salles.
Além de contar com refeitório, alojamento, garagem de máquinas, depósito de insumos e um galpão com salas para a realização de treinamentos e oficinas, o novo CT terá casas de vegetação e laboratórios para desenvolvimento de novas tecnologias.
“Serão desenvolvidas pesquisas em busca de alternativas sustentáveis para o sistema produtivo e o combate de pragas, doenças, plantas daninhas resistentes e outros problemas que ameaçam a produção. Destacamos o laboratório de biotecnologia, que desempenhará papel-chave no desenvolvimento de novas cultivares voltadas principalmente ao controle do bicudo, a maior praga da cotonicultura nacional; o laboratório de criação de lagartas e o laboratório de produção de inseticidas à base de vírus para controle das principais lagartas-praga do sistema produtivo. Tudo isso representará ganho para a economia do estado, para o meio ambiente e a população em geral”, afirmou Piccoli.
Fonte: Assessoria de Comunicação/Ampa