Carnes/CEPEA: Cotações

Suínos/CEPEA: animal vivo se desvaloriza em quase todas as regiões

Representantes de indústrias indicam dificuldades nas vendas de carne suína nos atacados. Além do enfraquecimento na economia nacional, que tem reduzido o poder de compra de consumidores, a demanda pela carne geralmente diminui na segunda quinzena do mês. Segundo pesquisadores do CEPEA, com volume negociado abaixo do esperado, indústrias demandam menor número de animais para abate.

Ao mesmo tempo, os altos patamares de preços dos principais insumos (milho e farelo de soja) têm feito com que muitos suinocultores e indústrias integradoras decidam pelo abate dos animais antes do período ideal, resultando em aumento de oferta, o que reforça o movimento de queda nos preços.

Nesse cenário, em sete dias, as cotações do animal vivo caíram ou se mantiveram estáveis em praticamente todos os estados acompanhados pelo CEPEA.

Boi/CEPEA: baixa oferta mantém preço da arroba estável

A oferta de animais para abate segue reduzida, mantendo os preços do boi gordo praticamente estáveis, apesar da pressão de compradores que tentam adquirir novos lotes a valores menores. Entre 16 e 23 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (mercado paulista) teve ligeira alta de 0,64%, fechando em R$ 155,69 na quarta-feira, 23.

Segundo pesquisadores do CEPEA, o volume de animais a serem postos em confinamento em abril/maio para abate logo no início do segundo semestre (primeiro ciclo) pode ser moderado neste ano. Ainda que o boi magro e também o milho, importante insumo das rações, estejam caros, muitos confinadores apostam em retornos ao menos razoáveis.

A favor da decisão de se investir – com cautela – na atividade estão também a necessidade de se usufruir das estruturas de confinamento já montadas e a instabilidade político-econômica que limita as opções de investimento de curto prazo.

Frango/CEPEA: quatro países importam quase metade das vendas brasileiras

Das 625.700 toneladas de carne de frango (in natura, industrializada e outros tipos) embarcadas pelo Brasil no primeiro bimestre deste ano, 46% foram enviadas para quatro países, segundo dados da Secex. Há um ano, a participação desses mesmos compradores era 3,4% menor, de 42,6%.

De acordo com dados da Secex, o principal destino da carne de frango brasileira continua sendo a Arábia Saudita, que adquiriu 18% do total no primeiro bimestre tanto de 2015 quanto de 2016. O Japão foi o segundo maior comprador, concentrando 10% das vendas brasileiras no primeiro bimestre, frente a 9,1% no mesmo período do ano passado.

Os Emirados Árabes tiveram 8,6% de participação, avanço de 0,9% em um ano. A China se manteve como a quarta maior parceira comercial, adquirindo 8,4% da carne de frango exportada pelo Brasil.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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