A importância da adoção de medidas sustentáveis para o desenvolvimento do agronegócio foi ressaltada, na terça-feira, 27 de novembro, no Rio de Janeiro, durante o 13° Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). No encontro, a secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, disse que deve lançar, em dezembro deste ano, o Projeto Integra-SP, que tem o objetivo de unir Lavoura-Pecuária-Floresta. “A ideia é defender a conservação de solos e água, lutar pela recuperação de pastagens e pela capacitação de mão de obra para transferência de tecnologia”, informou.
Segundo a secretária, São Paulo tem 20,8 milhões de hectares de uso do solo agrícola, sendo 7,4 milhões de hectares de áreas de pastagens. “São 324 mil propriedades rurais, sendo a maioria com a média de 62 hectares, ou seja, voltadas para assentamentos, quilombos e destinadas aos índios”, destacou ela.
Durante o Congresso, o secretário de Agricultura do Rio de Janeiro, Alberto Mofati, enfatizou que o estado é o segundo maior consumidor do Brasil e foi o responsável pelo início das áreas de cafeicultura, cana-de-açúcar e de pecuária de corte no país. Além disso, possui 62 mil propriedades rurais, sendo que 92% estão localizadas em áreas inferiores a 100 hectares e o estado produz cerca de 300 mil sacas de café por ano. “Entre as potencialidades do Rio de Janeiro vale salientar que os produtores de floricultura estão se profissionalizando e a fruticultura tem crescido muito nos últimos anos”, enfatizou.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço Júnior, informou que o peixe é um dos recursos naturais mais abundantes no estado. A atividade envolve três mil psicultores, e as espécies mais cultivadas são tambaqui e pirarucu. “Produzimos 15 mil toneladas de peixe por ano e a expectativa é alcançarmos 100 mil nos próximos cinco anos. Em relação à pecuária, temos quatro municípios livres de febre aftosa com vacinação, mas esperamos que, até o primeiro trimestre de 2013, todo o estado alcance esse status”, acrescentou.
No que se refere aos principais gargalos para o desenvolvimento do agronegócio, o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura Paulo Protásio questionou a infraestrutura, a carga tributária, a taxa de câmbio e as barreiras comerciais.
Este foi o último dia de debate do Congresso de Agribusiness, que contou com representantes do agronegócio e líderes deste setor, como a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o ex-ministro da Agricultura Pratini de Moraes.
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