Tangerina BRS Rainha traz boa renda ao produtor

 

A nova cultivar de tangerina tem alta produtividade, ciclo de produção tardio, é fácil de descascar e vem para ajudar na diversificação de opções de cultivares comerciais na propriedade.

Os citros, sobretudo as laranjas, as tangerinas e os limões, são as frutas mais produzidas e consumidas no mundo, sendo importantes fontes de vitaminas (principalmente vitamina C), minerais (potássio, cálcio, fósforo, magnésio, ferro e zinco), fibras, flavonoides e de substâncias antioxidantes. No Brasil, as frutas cítricas são importantes na dieta alimentar de famílias de todas as faixas etárias e de renda.

Embora o Estado de São Paulo seja o maior produtor nacional, a produção de citros também ocorre do Amazonas ao Rio Grande do Sul. No entanto, mesmo o Brasil sendo o maior exportador mundial de suco de laranja, o país importa quantidade significativa de laranjas e de tangerinas, para consumo in natura, da Espanha, Uruguai e Argentina. As frutas são comercializadas nas principais redes de supermercados a valores que variam de R$ 2,50 a R$ 8,00 por quilo. Isso ocorre em função da existência de consumidores com maior poder aquisitivo e cada vez mais exigentes em qualidade, o que sugere viabilidade econômica para a produção de citros de mesa no país.

Demanda

Apesar de o mercado de citros in natura estar disposto a pagar mais pela fruta, também exige qualidade e sabor diferenciado. Por isso, a demanda existente é para frutas de cultivares específicas, que sejam prioritariamente fáceis de descascar, tenham coloração intensa e uniforme da casca e da polpa, sejam sucosas, contenham poucas — ou mesmo nenhuma — semente, e possuam balanço equilibrado entre a acidez e o teor de açúcares.

História da cultivar

A BRS Rainha é uma tangerineira do grupo das bergamoteiras (Citrus deliciosa Tenore). Foi selecionada a partir de populações de plantas denominadas pelos agricultores de Bergamota São José, Bergamota Folha Larga, Bergamota Bicuda, Bergamota Sem Raleio e Bergamota Rainha, derivadas, provavelmente, de mutações espontâneas de gema da cultivar Montenegrina.

Características da nova cultivar

• Planta : medianamente vigorosa, com copa de porte médio e formato
elíptico.

• Ramos: quebradiços.

• Folhas: pequenas, mais largas que as da Montenegrina e com coloração
verde-escura.

• Flores: completas, com grãos de pólen e sacos embrionários férteis.

• Frutos: tamanho médio, com peso em torno de 130g; protuberância
(coroazinha) no talo facilitando o descasque; casca lisa, com espessura
média de 3,2 mm contendo bastante óleo; casca e endocarpo de coloração
laranja intensa bem atrativa; fáceis de descascar, de sabor agradável,
com balanço acidez (0,90%) e teor de açúcares (12ºBrix) diferenciado;
sucosos (52%); muito aromáticos, com média de seis sementes por
fruto.

Os frutos verdes podem ser utilizados para a extração de óleos essenciais
e os maduros para consumo in natura e produção de sucos. Em função do
tamanho, sabor e época de maturação, apresentam potencial aceitação nos
principais mercados do país.

• Época de produção: a maturação dos frutos é tardia. A colheita é
realizada no período de agosto a novembro, podendo ser antecipada
ou retardada em função das temperaturas médias da região de cultivo.
Quando colhidos, os frutos podem ser conservados por mais de um
mês, sob condições controladas de refrigeração.

Para ler a matéria  completa (a partir da página 32), edição disponível aqui.

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Fonte: Revista A Lavoura Edição Nº 698/2013

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