Adubação biológica reduz custos e eleva produtividade no campo

“Para ter uma ideia, no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai já são 2,4 milhões de hectares que utilizam a adubação biológica”, informa Leandro Suppia, diretor comercial da Microgeo. Foto: Divulgação
“Para ter uma ideia, no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai já são 2,4 milhões de hectares que utilizam a adubação biológica”, informa Leandro Suppia, diretor comercial da Microgeo. Foto: Divulgação

O mercado de produtos ecologicamente corretos está crescendo na América Latina e vem ganhando espaço nos principais centros produtores agrícolas e pecuários. No Brasil, uma das tecnologias que tem se destacado nesta linha é a adubação biológica à base de esterco de gado e uma mistura de nutrientes, que ajudam a promover o restabelecimento do equilíbrio natural do solo.

A tecnologia, além de melhorar a eficiência da produção agrícola, reduz os custos diretos de insumos, o que melhora a margem de lucro e a competitividade do produtor rural.

“Para ter uma ideia, no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai já são 2,4 milhões de hectares que utilizam a adubação biológica”, informa Leandro Suppia, diretor comercial da Microgeo. “Mesmo com a crise, devemos crescer 30% neste ano”, acredita.

Ele explica que o solo compactado, ao longo dos anos, vem prejudicando o enraizamento e impedindo que os nutrientes cheguem às folhas e à toda planta, daí a importância da adubação.

“Mesmo com a rotação de cultura, a prática da atividade agrícola modifica a natureza da diversidade do solo, levando a uma perda entre 70% e 80% de suas propriedades vitais.”

Por esta razão, em várias regiões do País o produtor tem observado uma menor eficiência produtiva das culturas. “Além disso, o equilíbrio da biodiversidade observado no solo nativo está se desfazendo anualmente, com sintomas de compactação, erosões e baixa resposta aos fertilizantes químicos, o que afeta diretamente o bolso dos produtores.”

VANTAGENS

Para reverter este quadro, o produtor tem descoberto as vantagens da adubação biológica, que tem como princípio o restabelecimento da revitalização do solo.

“Este processo propõe a recomposição dos nutrientes necessários ao solo, permitindo que a população de diversos microrganismos existentes promovam a melhoria da eficiência produtiva”, explica Suppia.

Ele ressalta que, além da implementação da adubação biológica como uma atividade permanente, outras atitudes precisam ser tomadas para a continuidade da agricultura sustentável.

“No Brasil e no mundo, a procura por produtos mais orgânicos e naturais tem sido uma crescente, porém, para que isso seja realmente viável, é preciso ter consciência de que o ambiente para o desenvolvimento destes produtos também esteja dentro desta filosofia do ecologicamente correto”, observa diretor comercial da Microgeo.

Suppia se refere à necessidade do uso de agroquímicos e fertilizantes devido à atividade biológica do solo estar muito prejudicada. Porém, em sua opinião, a introdução da tecnologia no Brasil tem acontecido de forma gradativa, por ser tratar de uma quebra de paradigma.

“A parte biológica dentro da agricultura ficou esquecida por muito tempo. O mundo tem consciência de sua importância, mas não havia uma ferramenta prática disponível”, comenta.

Agora, com a adubação biológica, Suppia afirma que há praticidade e facilidade para que qualquer produtor, independentemente do tamanho d sua propriedade, possa ter sucesso em sua atividade, seja na agricultura, na pecuária ou no reflorestamento.

EFICIÊNCIA

“Cada vez mais, a economia tem cobrado uma eficiência maior em relação aos resultados da atividade agrícola. Com a redução de custos proporcionados pela aplicação da adubação biológica, esta técnica vem sendo adotada por um número maior de agricultores.”

De acordo com o diretor, quando aplicada no solo, a adubação biológica aumenta a biomassa biológica da terra, ajuda na absorção dos nutrientes pelas plantas e no aproveitamento dos fertilizantes convencionais e corretivos.

Ainda contribui para o maior enraizamento e ajuda na decomposição e mineralização da matéria orgânica. E pode ser usada junto com defensivos agrícolas e fertilizantes foliares, o que melhora a eficiência dos tratamentos.

Por equipe SNA/SP

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