Compartilhar experiências e boas práticas de três países da América do Sul relativas à conservação de recursos genéticos e segurança alimentar em cenários de mudanças climáticas. Esse é o principal objetivo de um workshop que está sendo realizado pela Embrapa em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais. Os participantes planejam construir um plano de ação estratégico que promova a segurança alimentar no Brasil, Uruguai e Paraguai, abordando as culturas de milho, trigo, arroz, feijão e mandioca.
A equipe integra a Rede Latino-Americana para Implementação do Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos na Alimentação e Agricultura, financiada pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), com apoio do IICA(Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura). Pesquisadores, professores, técnicos da extensão rural e agricultores têm como meta identificar e estimular a multiplicação de cultivares que se sobressaiam em situações adversas, como em condições de escassez de chuvas e altas temperaturas.
Os membros da Rede buscam implementar um tratado assinado em 2004 – o Tratado Internacional de Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e Agricultura – que tem força de lei nos três países que já o assinaram: Brasil, Paraguai e Uruguai. Dessa forma, avanços em pesquisas relacionados às mudanças climáticas e à conservação dos recursos genéticos, além de cultivares promissoras mantidas em bancos de germoplasma de instituições públicas, pretendem ser compartilhados entre esses países.
No primeiro dia do evento, os participantes apresentaram projetos bem-sucedidos já desenvolvidos e em desenvolvimento, como a situação do banco de germoplasma da Embrapa Milho e Sorgo; estratégias de melhoramento participativo de milho na região Sudeste, como o desenvolvimento de cultivares de milho com palha colorida (alternativa de renda para diversas famílias em Minas Gerais) e cenários futuros vislumbrados por pesquisadores caso as mudanças climáticas se estabeleçam, com condições de aumentos de temperatura, escassez hídrica e a ocorrência mais frequente de eventos climáticos extremos.
SERVIÇO
O evento acontece na terça e quarta-feira no Hotel Veredas, ao lado do Shopping Sete Lagoas. A coordenadora da reunião é a pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo Flavia França Teixeira. Na manhã de quarta-feira, 24, a equipe fará uma visita à Vitrine de Tecnologias da Empresa, que possui cultivares de milho e outras tecnologias promissoras para os cenários que vêm sendo discutidos, além de materiais de sorgo e de milheto. Leia mais sobre os bancos de germoplasma existentes na Embrapa Milho e Sorgo nas edições 02 e 03 do Grão em Grão.
Fonte: Embrapa Milho e Sorgo