Tudo o que tem sido “pintado” acerca das perspectivas brasileiras na exportação de carne de frango permanece no terreno das conjecturas. Pois, decorridos os cinco primeiros meses do ano, os resultados continuam sendo frustrantes.
Em maio, por exemplo, os embarques do produto, próximos das 292.000 toneladas, corresponderam ao menor volume dos últimos três meses. Ou seja: só não foram inferiores às exportações de janeiro e fevereiro, meses em que, normalmente, os embarques são mínimos. Além disso, ficaram mais de 7% abaixo do que foi exportado em maio de 2014.
Fala-se em princípio de valorização do produto no mercado internacional. E, efetivamente, houve melhora no preço médio que, em maio, situou-se mais de 5% acima do valor registrado em abril e, com isso, alcança o maior valor de 2015. Mesmo assim, permanece nos mesmos níveis registrados pela última vez em 2010 e apresenta variação negativa de quase 12% em relação a maio do ano passado.
O ganho no preço médio em relação ao mês anterior permitiu neutralizar a queda no volume embarcado. Assim, a receita cambial de maio, próxima (mas ainda aquém) dos US$ 500 milhões, aumentou 2,5%. Como, porém, em relação a maio de 2014, volume e preço médio registraram queda, o efeito disso sobre a receita foi significativo, com queda superior a 18%.
Tais resultados, entretanto, não afastam a expectativa de uma maior presença da carne de frango brasileira no mercado internacional. Os primeiros sinais disso foram notados no final de maio. Tanto que os embarques da última semana do mês apresentaram um dos melhores níveis das primeiras 22 semanas do ano. Junho tem tudo para ser o mês de início da virada de mercado.
Fonte: AviSite