O analista Flávio Roberto de França Junior, da França Junior Consultoria, prevê uma queda acentuada de 16,8% na receita das exportações do complexo soja (grão, óleo e farelo) em 2015, para US$ 20.076 bilhões, em relação aos US$ 31.337 bilhões registrados no ano passado.
Ele explicou que as projeções levam em conta a expectativa de queda dos preços médios da soja e derivados, que estão pressionados pela elevação dos estoques mundiais e pela combinação de safra recordes seguidas nos Estados Unidos na América do Sul.
Pelas estimativas do analista, os embarques totais do complexo soja brasileiro neste ano devem atingir 64.2 milhões de toneladas, volume 5,8% superior ao recorde de 60.678 milhões de toneladas observado do ano passado.
Segundo ele, o desempenho se deve à colheita da safra recorde de 94.649 milhões de toneladas e a manutenção de taxas positivas de incremento do consumo mundial, “alavancado pela melhora esperada no crescimento da economia e pela diminuição no patamar dos preços”.
O levantamento realizado por França Junior mostra que a colheita da soja atingiu na semana passada 94% da área cultivada, com encerramento dos trabalhos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A média dos últimos cinco anos é de 93%. Ele comentou que o clima é favorável ao avanço dos trabalhos e ao desenvolvimento das lavouras que serão colhidas nos próximos dias.
Os trabalhos de colheita estão mais atrasados em Minas Gerais, onde na semana passada atingiram 76% da área cultivada, ante a média de 90% dos últimos cinco anos. O maior avanço foi registrado para a Bahia, com a colheita de 82% da área até a semana passada, acima da média de 70% dos últimos cinco anos. Ele estima que no Paraná a colheita atingiu 99% da área (em linha com os 98% da média histórica) e no Rio Grande do Sul 76% (abaixo dos 83% da média histórica).
Fonte: Globo Rural