Agronegócio investe em pesquisas para conservação dos solos

No Brasil, segundo o Ministério da Agricultura, existem cerca de 40 milhões de hectares de áreas de pastagem em algum estágio de degradação e com baixa produtividade. Foto: Divulgação
No Brasil, segundo o Ministério da Agricultura, existem cerca de 40 milhões de hectares de áreas de pastagem em algum estágio de degradação e com baixa produtividade. Foto: Divulgação

Eleito o Ano Internacional da Conservação dos Solos, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), 2015 terá um calendário intenso de ações alusivas ao solo. No Brasil, o dia 15 de abril marca as comemorações ao Dia Nacional da Conservação do Solo.

Considerado parte fundamental para o bem-estar e sobrevivência dos seres humanos, o solo é dos principais meios de desenvolvimento econômico dos países. No entanto, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apenas no Brasil existem cerca de 40 milhões de hectares de áreas de pastagem em algum estágio de degradação e com baixa produtividade.

No mundo, pelo menos dois hectares de solo são destruídos pelo crescimento urbano, a cada minuto, de acordo com a FAO.

Nesse contexto, a pecuária e a agricultura surgem como alguns dos principais meios de exploração do solo. Segundo Marcos Aurélio Sá, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Cerrados, apesar do setor agrícola estar mais atento a conservação dos solos, ainda há muito que ser melhorado.

“No que se refere à conservação dos solos, o Brasil é um país de contrastes, pois, ao mesmo tempo em que temos produtores utilizando tecnologias de ponta, há casos em que, por falta de orientação ou conhecimento técnico, não são utilizadas práticas adequadas”, diz.

Assim, debater o tema e encontrar soluções para essa questão tem sido o foco de grupos ligados ao agronegócio. Na região Centro-Oeste, instituições, empresários, pesquisadores e produtores encontram na AgroBrasília, um pólo de difusão de conhecimento na área.

Dentre diversas inovações e tecnologias encontradas na Feira, destaca-se o espaço denominado Unidade de Referência Tecnológica (URT), onde fica instalada a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), um sistema de produção de grãos, fibras, madeira, energia, leite ou carne na mesma área.

O aumento na matéria orgânica do solo e uma maior taxa de infiltração e armazenamento de água estão entre os principais benefícios desse sistema.

Para tratar do assunto, palestras e debates sobre a própria conservação dos solos, da água, bem-estar animal e alimentos orgânicos estão previstas na programação da AgroBrasília 2015, que este ano ocorre de 12 a 16 de maio.

“Precisamos refletir o sistema como um todo. Não se pode pensar em conservação dos solos, por exemplo, sem também preocupar-se com a preservação da água”, completa Marcos Aurélio Sá.

Fonte: Agrolink

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