Medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas, a inflação de janeiro de 2015 apresentou variação que pode ser considerada modesta, pois, por exemplo, o índice mensal registrado, de 0,67%, foi inferior ao de novembro de 2014, de 1,14%. Mas esse baixo índice de variação teve significado nulo para frango, ovo e milho, porquanto os três produtos apresentaram redução de preço em relação ao mês anterior.
Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, apenas o frango registrou redução de preço. O preço do ovo teve evolução positiva de 5,90% e, portanto, superou o IGP-DI acumulado em 12 meses. Já a variação do milho, embora positiva, foi de apenas 2,31%, aquém, portanto, da inflação.
Notar, de toda forma (gráfico abaixo), que enquanto a curva de preços do milho vem registrando alta nos últimos meses, a do ovo permanece em relativa estabilidade desde setembro de 2014 e a do frango vivo recua pelo terceiro mês consecutivo.
No entanto, ao analisar-se a relação dos três produtos com a inflação acumulada desde agosto de 1994, quando da implantação do atual padrão monetário brasileiro, todos permanecem como grandes perdedores. Frango e milho estão a cerca de 60% da inflação acumulada. Já o ovo se encontra a menos de 30% da inflação.
Para finalizar cita-se, como curiosidade, que as “aves” (nomenclatura ainda adotada pela FGV para o frango) estão entre os itens que contribuíram para a inflação de janeiro. Pois, segundo a entidade, “no estágio das Matérias-Primas Brutas”, a taxa de variação das aves passou de -3,82% em dezembro/14 para +0,57% no primeiro mês de 2015.
Fonte: AviSite