Safrinha ganha espaço em Mato Grosso

A colheita da nova safra mato-grossense de soja, ciclo 2014/15, mal começou no Estado, mas a safrinha já está sendo desenhada. Os hectares que estão ficando vazios com a retirada da oleaginosa têm sido imediatamente ocupados com o plantio do milho segunda safra.

Pouco mais de 4% da área destinada à soja, em 8.86 milhões de hectares, estão colhidos. O ritmo é igual ao observado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

O volume colhido até ontem já abriga quase 1% do novo milho, cuja área estimada é de 2.82 milhões de hectares. O algodão, que teve a semeadura iniciada ainda em 2014, segue com atraso em relação à comparação anual. Até ontem, menos de 50% da superfície de 568.000 hectares estava coberta, contra mais 62% há um ano.

O atraso no cultivo da soja no ano passado alterou o calendário de plantio da safrinha, que deverá registrar demora no Estado. Apesar de a área plantada com milho ser ainda irrisória, ela é um indicador de que boa vontade do produtor em recuperar o tempo perdido, desde outubro do ano passado, não falta. A estiagem registrada em Mato Grosso no final de setembro e no decorrer do mês seguinte prejudicou o ritmo no campo.

Mesmo focados na colheita e no cultivo da segunda safra, os produtores ainda dividem a atenção com o clima seco, que começa a trazer preocupações, pois coloca em risco o desenvolvimento das lavouras, muitas ainda iniciando o processo reprodutivo.

Conforme a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), a média geral no Estado é de 15 a 20 dias sem chuvas regulares e altas temperaturas. “Com o início do plantio mais tarde, as plantas estão agora na fase de enchimento de grãos. A chuva é essencial para o desenvolvimento e isso define a produtividade da lavoura, o que pode comprometer a estimativa inicial”, pontua o diretor técnico Nery Ribas.

De acordo com a previsão da Somar Meteorologia, a partir do dia 22 de janeiro o bloqueio atmosférico deverá ser rompido com o avanço de uma frente fria. “Assim, não só as chuvas retornarão de forma mais abrangente a todas as regiões produtores como também as temperaturas sofrerão um bom declínio”, explica o agrometeorologista. Marco Antônio dos Santos.
COLHEITA 

Diferente do último acompanhamento divulgado pelo IMEA, todas as regiões do Estado estão colhendo. O Oeste segue como a região mais avançada, com 8,3% dos mais de 1.08 milhão de hectares plantados.

Em relação aos municípios, o mais acelerado na comparação relativa é Sapezal, com 11% dos mais de 400.000 hectares, seguido de perto por Campo Verde, com 10% de 270.000 hectares.

Fonte: Diário de Cuiabá

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